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Bolsa cai mais de 1,5% em dia de quedas acentuadas
As quedas na bolsa nacional estão a ser acentuadas, com o BCP a perder quase 3%, a Pharol mais de 3% e a Mota-Engil mais de 4,5%. A penalizar as bolsas europeias está sobretudo o impasse nas negociações entre a Grécia e os credores.
O PSI-20 cai 1,71% para 5.530,65 pontos, com 15 acções em queda, um em alta e duas inalteradas. Entre os congéneres europeus a tendência é idêntica, com os índices a caírem entre 0,59% (britânico Footsie) e 1,49% ( registado pelo espanhol IBEX e o alemão DAX). Já o Stoxx600 desce 0,82% para 379,88 pontos.
A pressionar a negociação bolsista tem estado a Grécia e o impasse nas negociações com os credores. Os investidores revelam assim receios de que Atenas entre em incumprimento, por falta de fundos para fazer face às suas dívidas e obrigações, o que tem estado a penalizar a negociação bolsista e dos juros, com especial destaque para os países da periferia europeia.
Na bolsa nacional, o BCP está a cair 2,88% para 7,77 cêntimos, no dia em que estreiam as novas acções do BCP, resultantes da troca de obrigações. São 4,84 mil milhões de novos títulos que foram emitidos a 8,34 cêntimos, um preço já superior à cotação do banco. A instituição conseguiu, com a operação, atingir o objectivo de reforçar a solidez, mas o arranque da negociação das novas acções pode castigar os títulos. Isto porque os novos accionistas, que eram detentores de obrigações, deverão optar por vender já os títulos, dizem os analistas.
Ainda na banca, o Banif cai 1,49% para 0,66 cêntimos, enquanto o BPI está a subir 0,38% para 1,321 euros, contrariando assim o tom vermelho que impera, sendo que a banca é um dos primeiros sectores a reflectir a subida das taxas de juro no mercado secundário, que voltam esta terça-feira a subir devido aos receios em torno da Grécia. A taxa de juro implícita nas obrigações a 10 anos está a avançar 12,3 pontos para 3,376%, negociando assim em máximos de Outubro de 2014.
Em destaque voltam a estar as acções da Pharol, que recuam pela 11ª sessão consecutiva. As acções da empresa, que surgiu da PT SGPS, estão a descer 3,31% para 35,0 cêntimos.
Em destaque estão também as acções da Mota-Engil, ao deslizarem 4,79% para 2,008 euros, tendo chegado a negociar nos 2,006 euros, o que corresponde ao valor mais baixo desde Julho de 2013. Esta evolução surge depois de a empresa ter avançado com uma oferta de obrigações para os pequenos investidores, num montante de 70 milhões de euros. Pretende financiar-se num total de 95 milhões, sendo que a diferença virá da troca de títulos emitidos em 2013. O juro apresentado nos novos títulos é bastante menor, mas a construtora acena com um período mais longo com uma taxa atractiva. E ainda promete um prémio monetário por cada obrigação que for trocada.
Mas a Mota-Engil não é a única a negociar em mínimos. A Teixeira Duarte também está a recuar 4,24% para 52,0 cêntimos, o que representa um mínimo de Julho de 2013.
No sector da energia, a EDP cai 1,64% para 3,298 euros, a EDP Renováveis perde 2,32% para 6,237 euros, a Galp cede 0,73% para 10,81 euros e a REN segue estável nos 2,539 euros.