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Bolsa afunda mais de 2% pela terceira sessão consecutiva

Os receios com o resultado do referendo no Reino Unido estão a provocar uma forte turbulência nas bolsas. O PSI-20 fechou em queda pela quinta sessão consecutiva e em cada uma das últimas três sessões perdeu sempre mais de 2%.

Bloomberg
14 de Junho de 2016 às 16:50
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A bolsa portuguesa voltou a viver uma sessão de fortes perdas, acompanhando a tendência de desvalorizações acentuadas que se registou nas bolsas europeias, com os investidores assustados com a possibilidade de o Reino Unido sair da União Europeia.    

 

O PSI-20 caiu 2,32% para 4.463,46 pontos, com 13 cotadas em queda, quatro em alta e uma sem variação. Nas últimas três sessões o índice caiu sempre mais de 2% e renovou mínimos de 11 de Fevereiro.

 

O índice português acumulou a quinta sessão consecutiva de perdas, período durante o qual cedeu 8,8%. Nas praças europeias o cenário é semelhante, com os índices a desvalorizarem também pela quinta sessão consecutiva, no pior ciclo de desvalorizações desde Fevereiro.

O PSI-20 fechou no valor mais baixo da sessão e a escassos oito pontos de ficar abaixo do mínimo de Fevereiro. Caso fique abaixo dos 4.455,16 pontos, o PSI-20 atingirá um mínimo de 2012.

 

A turbulência nos mercados financeiros está relacionada sobretudo com os receios de que os britânicos, no referendo de 23 de Junho, votem pela saída do Reino Unido da União Europeia. Um cenário que tem vindo a ganhar força nos últimos dias já que as sondagens estão todas a apontar para o Brexit.

 

Com a incerteza a aumentar, os investidores estão a fugir dos activos mais arriscados, como as acções, para se refugiarem em títulos considerados mais seguros, como a dívida soberana de economias mais sólidas e o ouro. A taxa de juro das obrigações alemãs a 10 anos baixaram hoje para terreno negativo pela primeira vez na história.

Além do referendo da próxima semana, a queda das acções reflecte também os receios dos investidores com a reunião desta semana da Reserva Federal e as eleições em Espanha, que decorrem no domingo posterior ao referendo no Reino Unido.

 

"O Brexit é um dos vários assuntos que estão por resolver. Há ainda questões sobre o que vai fazer o Banco do Japão, o Banco de Inglaterra, a Fed, sobre o programa de compras de activos do BCE e os resultados das empresas. Para os investidores o copo está meio vazio, há muito nervosismo", comentou à Bloomberg Heinz-Gerd Sonnenschein, do Deutsche Bank.

 

Na praça portuguesa a tendência foi de quedas generalizadas, com as cotadas de maior peso a perderem terreno.

 

Foi o caso do Banco Comercial Português, que desceu pela quinta sessão consecutiva para 0,0193 euros, num dia em que atingiu um novo mínimo histórico nos 0,0185 euros (1,85 cêntimos).

 

Num dia em que o Stoxx Banks perdeu 2,34%, o BPI caiu 1,36% para 1,09 euros, uma cotação inferior ao preço da OPA do CaixaBank (1,113 euros).

 

Foi contudo o sector energético que mais pressionou a praça portuguesa, com a EDP a destacar-se ao perder 3,65% para 2,743 euros. A EDP Renováveis desvalorizou 1,12% para 6,557 euros e a Galp Energia caiu 2,06% para 11,63 euros, numa sessão em que o petróleo voltou a perder terreno (em Londres o Brent cai 1,35% para 49,67 dólares).

 

No lado das quedas destacou-se ainda a Nos (-2,69% para 5,822 euros), a Sonae SGPS (-4,54% para 0,778 euros) e a Jerónimo Martins (-2,21% para 13,27 euros).  

 

Pela positiva nota para a Pharol, que valorizou 2,31% para 0,133 euros.


(Notícia actualizada às 17:05 com mais informação)

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