Pela segunda sessão consecutiva, a praça de Lisboa segue a negociar em terreno negativo. Com os preços do petróleo em queda, os investidores temem o impacto no rumo da economia mundial e este pessimismo está a justificar a queda das acções no Velho Continente, com os índices a desvalorizarem mais de 1%.

O PSI-20 segue a mesma tendência e já acentuou a desvalorização que regista desde o início da sessão. O índice nacional cai 1,24% para os 4.615,52 pontos, com 15 cotadas em queda, uma em alta e uma inalterada. A praça de Lisboa regista, ainda assim, a menor queda entre as principais bolsas europeias.

A Galp Energia está a ser determinante para as perdas da praça portuguesa. Com os preços do petróleo a caírem mais de 3% em Nova Iorque, a petrolífera nacional desvaloriza 2,52% para os 9,747 euros.

Ainda no sector da energia, a EDP cai 1,29% para os 2,822 euros. Já a EDP Renováveis deprecia 1,87% para os 6,309 euros. A empresa de energias verdes anunciou, esta quarta-feira antes do início da sessão, que os lucros de 2015 cresceram 32% para os 167 milhões de euros. Resultados que superaram as previsões dos analistas ouvidos pela Reuters que apontavam para lucros de 141 milhões de euros. Além disso, a empresa liderada por João Manso Neto elevou o dividendo a distribuir pelos accionistas para 5 cêntimos por acção face aos anteriores 4 cêntimos.

No sector do retalho, a Jerónimo Martins deprecia 0,77% para os 12,84 euros, enquanto a Sonae SGPS segue inalterada nos 0,899 euros. E, na banca, o BCP desvaloriza 0,62% para os 0,0323 euros, ao passo que o BPI cede 1,64% para os 1,02 euros.

A queda mais expressiva é, contudo, protagonizada pela Mota-Engil, que cede 3,36% para os 1,523 euros.

A Nos é a única cotada em alta. Sobe 0,42% para os 6,044 euros. A empresa apresenta as contas do ano passado na próxima segunda-feira e o Haitong antecipa um crescimento de 20% dos lucros para 89,7 milhões de euros.