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Bolsa sobe pela quarta sessão com máximos do BCP e fortes ganhos da Galp e JM
O PSI-20 seguiu o desempenho positivo dos congéneres europeus, com as tréguas comerciais entre os EUA e China a impulsionarem os mercados em geral.
A bolsa nacional fechou em alta pela quarta sessão consecutiva, refletindo o sentimento positivo que se vive nos mercados financeiros na sequência das tréguas declaradas entre China e EUA na guerra comercial.
O PSI-20 valorizou 0,99%, tendo cotado em máximos de 13 de junho. 14 cotadas do índice fecharam a subir, três desceram e uma fechou estável.
Na Europa foram vários os índices (como o britânico FTSE e o germânico DAX) que alcançaram máximos de pelo menos 52 semanas, com os investidores agradados com o acordo alcançado por Donald Trump e Xi Jinping no sábado relançar as negociações comerciais com tréguas por tempo indeterminado. Além disso, Trump passou novamente a permitir às empresas norte-americanas venderem os seus produtos à tecnológica chinesa Huawei.
Outro fator que está a influenciar de forma positiva as bolsas é o acordo alcançado na OPEP para manter os cortes de produção. A notícia, que foi avançada por Vladimir Putin no fim de semana e já é oficial, está a impulsionar o setor petrolífero.
Julho arrancou assim com o pé direito nos mercados acionistas, na ressaca de um primeiro semestre que foi bastante favorável para as ações, com os principais índices em Wall Street e na Europa a marcarem ganhos bem superiores a 10% desde o início do ano, o que corresponde ao melhor desempenho do século.
Em Lisboa o PSI-20 subiu mais de 8% no primeiro semestre e na primeira sessão de 2019 foi impulsionado por vários pesos pesados.
Destaque para o BCP, que valorizou 1,18% para 0,2751 euros, beneficiando com uma nota de "research" favorável do JPMorgan. As ações atingiram máximos de junho do ano passado, depois de este banco de investimento ter elevado o preço-alvo das ações da instituição liderada por Miguel Maya em 20% para 0,33 euros.
Na véspera da abertura da primeira loja da cadeia de supermercados espanhola Mercadona em Portugal, a Jerónimo Martins ganhou 2,68% para 14,545 euros.
A Galp Energia aproveitou as notícias favoráveis da OPEP e a consequente subida das cotações do petróleo para valorizar 1,81% para 13,77 euros.
O setor da pasta e papel também se destacou pela positiva, beneficiando com a valorização do dólar, a moeda em que estas empresas obtêm grande parte das receitas. A Altri avançou 2,05% para 6,23 euros e a Navigator ganhou 1,55% para 3,41 euros.
CTT, Sonae SGPS e Mota-Engil também fecharam a sessão a ganhar mais de 1%. A EDP Renováveis foi a cotada que mais limitou os ganhos do PSI-20, ao fechar a sessão com uma queda de 0,78% para 8,95 euros.