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Bolsa recua com EDP e Semapa a pressionarem
A bolsa nacional terminou o dia em queda, pressionada pela descida da EDP e da Semapa, com esta última a descontar o dividendo que vai distribuir pelos seus accionistas.
O PSI-20 desceu 0,74% para 5.278,13 pontos, com 17 cotadas em queda, uma em alta e uma inalterada.
Entre os congéneres europeus a sessão também foi de perdas generalizadas, com os investidores a reflectirem na negociação os dados do mercado de trabalho dos EUA, conhecidos na semana passada, que ficaram aquém do previsto, o que aumenta os receios em torno da robustez do crescimento da economia norte-americana.
Na praça nacional, foi a EDP que justificou o desempenho, ao perder 2,25% para 3,167 euros, tendo chegado a depreciar mais de 4% durante a sessão, depois de na sexta-feira ter sido revelado que António Mexia, presidente da eléctrica, e João Manso Neto, presidente da EDP Renováveis foram constituídos arguidos devido a investigações sobre as compensações económicas que, em 2007, substituíram os contratos de aquisição de energia (CAE). Os responsáveis estão entre os quatro arguidos, por suspeitas de corrupção e participação económica em negócio.
A EDP Renováveis também perdeu 0,30% para 6,929 euros, numa altura em que ainda se aguarda por desenvolvimentos da oferta pública de aquisição (OPA) lançada pela EDP. Os analistas acreditam que estas investigações poderão levar a um novo adiamento neste processo.
A REN, que também tem um responsável entre os arguidos, fechou a cair 0,74% para 2,832 euros.
Ainda no sector da energia, a Galp depreciou 0,66% para 13,63 euros.
Destaque também para a Semapa, que desceu 2,55% para 16,425 euros, no dia em que descontou o dividendo de 45 cêntimos que a empresa vai distribuir aos seus accionistas. Não fosse este ajuste técnico e as acções teria terminado o dia a subir 0,12%.
A única cotada que contrariou a tendência foram os CTT, ao subirem 0,61% para 5,614 euros. E a cotada que fechou inalterada face à última sessão foi a Pharol, nos 0,267 euros.
Novo dia de máximos
O dia foi negativo no PSI-20, mas houve cotadas que tocaram máximos, sendo que a maior parte delas está fora da principal montra nacional.
A Corticeira Amorim, apesar de ter fechado a cair 0,59% para 12,585 euros, tocou nos 12,70 euros, o que corresponde ao valor mais elevado de sempre.
A Sonae Indústria também transaccionou em máximos de Outubro de 2011, ao negociar nos 0,098 euros.
Impresa foi outra das cotadas que negociou em máximos de Maio de 2016, ao tocar nos 0,32 euros. A Inapa tocou nos 0,15 euros – máximos de Agosto de 2015 – a SAG transaccionou em máximos de Agosto de 2015 (0,20 euros) e a Estoril do Sol em níveis de Abril de 2011, ao tocar nos 5,06 euros.
SDC desliza mais de 7% após OPA
As acções da SDC terminaram o dia a cair 7,41% para 0,025 euros, tendo sido este o primeiro dia em que as acções negociaram após o fim da oferta pública de aquisição (OPA) da Investéder. O resultado da operação foi conhecido esta segunda-feira, 5 de Junho, após o fecho do mercado, sendo que os gestores ficaram com 74% da empresa.
(Notícia actualizada às 16h51 com mais informação)