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Bolsa nacional em queda penalizada por BCP e Renováveis
Numa altura em que os investidores digerem os resultados de várias cotadas, as bolsas europeias seguem com sinal negativo. Lisboa não é excepção, com a praça a ser penalizada nomeadamente pelas acções do BCP e EDP Renováveis.
A bolsa nacional mantém-se no vermelho, estando o PSI-20 a recuar 0,23% para os 5.106,06 pontos, com 13 empresas em queda e seis em alta. No resto da Europa, o sinal menos domina. A excepção é o índice grego, que ganha 0,31%.
A época de apresentação de resultados prossegue e os investidores estão a digerir os números apresentados pelas diferentes empresas. Uns agradaram outro nem tanto. A Apple revelou esta terça-feira, 2 de Maio, que o seu volume de negócios aumentou 4,5% no seu segundo trimestre fiscal (terminado a 31 de Março), face ao período homólogo de 2016. No entanto, os números ficaram abaixo das projecções do consenso de mercado. E esta quarta-feira, 3 de Maio, antes da abertura do mercado, o BNP Paribas reportou um crescimento de mais de 4% dos seus lucros. E a EDP Renováveis comunicou uma descida dos lucros em 9% para quase 68 milhões de euros.
Também esta quarta-feira, a Reserva Federal dos EUA vai tornar pública a sua decisão em torno da sua política monetária, algo que está a captar a atenção dos investidores. Além disso, decorre hoje o único debate entre os dois candidatos à segunda volta das presidenciais francesas: Marine Le Pen e Emmanuel Macron – um tema que também vai interessar aos investidores.
Em Lisboa, destaque para as acções do BCP e da EDP Renováveis. Os títulos do banco liderado por Nuno Amado descem 0,61% para 21,24 cêntimos. O jornal Público avança esta quarta-feira que o BCP aceitou receber 56,5 dos 282,7 milhões a que tinha direito no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da Insight Strategic Investments, uma das poucas empresas que ainda existem do universo Ongoing.
Entretanto, numa nota de análise a que o Negócios teve acesso, o CaixaBI estima que o BCP tenha obtido lucros de 40,3 milhões de euros de Janeiro a Março de 2017. Este valor estimado reflecte uma queda de 13,7% face aos primeiros três meses do ano passado, de acordo com uma nota de "research" a que o Negócios teve acesso.
No sector energético, a EDP Renováveis, que reportou uma queda dos lucros no primeiro trimestre, desce 0,68% para 7,002 euros. A EDP, que revela após o fecho do mercado as suas contas, soma 0,16% para 3,084 euros. A REN ganha 0,51% para 2,772 euros.
A Galp Energia recua 0,39% para 14 euros, depois de ontem ter divulgado que quebra de 13% do lucro dos primeiros três meses.
A Jerónimo Martins valoriza 0,61% para 16,50 euros. Por outro lado, a concorrente Sonae desce 0,72% para 97,2 cêntimos.
Em forte valorização estão as acções da Pharol, que disparam 8,70% para 30 cêntimos. A Pharol tem uma participação superior a 25% na brasileira Oi. E esta quarta-feira foi conhecido que a Orascom, do milionário egípcio Naguib Sawiris, voltou a estender o prazo para a sua oferta com uma proposta alternativa para a recuperação da Oi. Segundo comunicado da Oi, a Orascom estendeu agora o prazo até 1 de Junho, para manter válido o seu plano alternativo de recuperação judicial.