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Bolsa nacional cai mais de 2% e quase anula a totalidade dos ganhos desde o início do ano

A bolsa nacional registou a maior descida desde 30 de Janeiro de 2017, recuando mais de 2%, numa sessão marcada por quedas acentuadas dentro do mercado nacional, mas também fora.

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05 de Fevereiro de 2018 às 16:45
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O PSI-20 deslizou 2,02% para 5.405,31 pontos, anulando a quase totalidade dos ganhos acumulados desde o arranque do ano, que se resumem agora a apenas 0,315%. Esta é a maior queda diária desde 30 de Janeiro de 2017.

 

Entre os 18 títulos que compõem o PSI-20, apenas um conseguiu contrariar a tendência de queda: a Corticeira Amorim, que fechou o dia a subir mais de 1%. Todos os restantes fecharam em queda e apenas a Jerónimo Martins não caiu mais de 1%.

 

A bolsa nacional cai assim pela sexta sessão consecutiva, elevando para mais de 6% a desvalorização neste período.

A bolsa nacional acompanhou a tendência do resto das praças europeias, que também seguem com quedas acentuadas. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, perde quase 1,5%, recuando para mínimos de Novembro. 

A justificar este comportamento das bolsas tem estado a subida das taxas de juro associadas à dívida dos EUA, algo justificado com a especulação em torno de um acelerar da inflação americana, que poderá levar a Reserva Federal (Fed) a subir o preço do dinheiro mais vezes do que estava a ser antecipado.

 

Pharol lidera quedas
Em destaque, na bolsa nacional, estiveram as acções da Pharol esta segunda-feira. Os títulos da empresa afundaram 10,07% para 0,183 euros, tendo chegado a tocar nos 0,1816 euros o que corresponde a um mínimo de Dezembro de 2016. As acções da empresa liderada por Palha da Silva têm vindo a perder valor, acumulando já uma queda de cerca de 27% este ano. A justificar o comportamento está a situação da Oi, cujo impasse tem gerado receios entre os investidores.

 

Ainda na sexta-feira, 2 de Fevereiro, a Oi anunciou que a assembleia geral extraordinária convocada pela Pharol, para 7 de Fevereiro, não será realizada. A justificar esta decisão está o facto de, alega a Oi, o objectivo da Pharol contrariar a decisão judicial sobre o plano de recuperação da operadora de telecomunicações brasileira. Por sua vez, a Pharol, que detém mais de 22% da Oi, reafirma a realização desta reunião. O impasse em torno da recuperação judicial da Oi mantém-se, com a empresa a ter como objectivo reduzir a dívida que supera os 65 mil milhões de reais (cerca de 16 mil milhões de euros). Um valor que ditou o pedido de protecção contra credores em Junho de 2016. 

 

E apesar de a Pharol se ter destacado, não foi a única a pressionar a bolsa, bum dia em que das 17 cotadas que desvalorizaram, 16 caíram mais de 1%, e oito das quais registaram perdas superiores a 2%.

 

Destaque também para a Mota-Engil, que deslizou 5,69% para 3,73 euros.

 

No sector da energia, a EDP recuou 2,92% para 2,696 euros e a EDP Renováveis perdeu 1,41% para 6,97 euros.

 

Já a Galp Energia, que reportou esta manhã o "trading update" referente aos últimos três meses do ano, desceu 2,23% para 14,925 euros, num dia em que os preços do petróleo também estão a descer. O barril do Brent, negociado em Londres e referência para Portugal, está a desvalorizar 0,38% para 68,32 dólares. Quanto aos dados preliminares da actividade da Galp, a petrolífera revelou que aumentou a produção de petróleo em 7% no último trimestre do ano passado, um período em que a área da refinação e distribuição registou, pelo contrário, um decréscimo face aos três meses anteriores.

 

A recuar mais de 2% fecharam também as acções da Ibersol, da Nos, da Sonae Capital e da Navigator.

 

Apenas a Corticeira Amorim conseguiu contrariar esta tendência de queda generalizada, subindo 1,20% para 10,12 euros.


(Notícia actualizada às 16:51 com mais informação)

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