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Bolsa nacional cai com peso da JM e energia. Só BCP manteve o fôlego
A bolsa de Lisboa voltou a fechar no vermelho, com a Jerónimo Martins e as cotadas da energia a pressionarem. Isto num dia em que os preços do petróleo afundam nos mercados internacionais. O BCP conseguiu travar maiores perdas do índice de referência.
A praça lisboeta encerrou a sessão desta quinta-feira em baixa, a acompanhar a tendência do resto da Europa, com a energia entre os setores que mais pressionaram.
O PSI fechou a ceder 1,01% para 5.914,16 pontos, com 12 cotadas no vermelho e 3 no verde.
O título que mais penalizou a bolsa nacional foi a Jerónimo Martins. A dona do Pingo Doce recuou 1,22% para 22,60 euros.
A empresa liderada por Pedro Soares dos Santos viu esta quinta-feira o seu preço-alvo ser revisto em baixa pela Alpha Value, com o analista Nishant Choudhary a cortar 10 cêntimos ao "target", que coloca agora nos 19,20 euros – valor que lhe confere um potencial de desvalorização de 15,04% face ao valor de fecho desta quinta-feira.
Ainda no retalho, a Sonae perdeu 1,30% para 95,25 cêntimos. A Alpha Value também se pronunciou sobre a dona do Continente, revendo em alta de um cêntimo o preço-alvo das suas ações, para 1,25 euros, o que lhe atribui um potencial de subida em bolsa de 31,2%.
Na energia, a EDP Renováveis foi outra das cotadas cujo desempenho pesou negativamente na bolsa, com uma descida de 1,82% para 24,32 euros. A casa-mãe EDP, por sua vez, desvalorizou 1,13% para 4,90 euros. Já a REN deslizou 1,17% para 2,54 euros.
Por seu lado, a Galp Energia perdeu 2,21% para 10,39 euros, numa sessão em que os preços do petróleo estão a mergulhar em torno de 5% nos mercados londrino e nova-iorquino.
Ainda neste setor, a Greenvolt registou um decréscimo de 2,15% para 9,10 euros.
Nas papeleiras, a Altri caiu 1,30% para 5,30 euros, a Navigator deslizou 0,27% para 3,674 euros e a Semapa – que também opera noutras áreas de atividade, como o cimento – mergulhou 3,29% para 13,54 euros.
A impedir maiores quedas do índice de referência nacional esteve o BCP. O banco liderado por Miguel Maya somou 2,58% para se fixar nos 14,7 cêntimos.
A AlphaValue reduziu o preço-alvo do BCP em um cêntimo, para 19 cêntimos por ação, mas o "price target" do consenso dos analistas – pelos dados compilados pela Bloomberg – está nos 21 cêntimos. Além disso, o novo preço-alvo da Alpha Value ainda confere à instituição financeira um potencial de valorização de 29,25% face ao fecho desta quinta-feira.