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Bolsa de Lisboa em queda pressionada por BCP e sector energético
O principal índice da bolsa de Lisboa iniciou a semana em queda, numa altura em que as principais praças europeias estão a negociar sem tendência definida. Este comportamento tem lugar depois de ontem os italianos terem ido às urnas e as primeiras projecções indicarem que o Movimento 5 Estrelas é o partido mais votado.
A bolsa de Lisboa iniciou a semana em queda, numa altura em que as principais praças do Velho Continente estão sem um rumo definido. Um comportamento que tem lugar numa altura em que os investidores estão a digerir os primeiros resultados relativos às eleições legislativas em Itália, a terceira maior economia do euro.
O Movimento 5 Estrelas, de acordo com as primeiras projecções avançados ontem à noite após o fecho das urnas, foi o partido mais votado nas legislativas em Itália, com uma votação em redor dos 30%. A aliança de direita terá obtido mais lugares, mas fica longe da maioria. Dado que nenhum partido terá conseguido maioria absoluta terá de ser negociada uma solução governativa. Os investidores acreditam que vai haver alguma incerteza política em Itália, o que está a pressionar os mercados.
Este crescimento de um partido eurocéptico, com o cenário de incerteza política a pairar, estará a preocupar os investidores e a penalizar também o euro, que cai 0,20% para 1,2292 dólares.
Além disso, os investidores vão estar hoje atentos à divulgação de vários dados económicos, como as vendas a retalho na Zona Euro e o índice PMI para os serviços.
Em Lisboa, o PSI-20 desce 0,47% para 5.341,77 pontos, com 13 cotadas em queda, três em alta e duas inalteradas. Esta é a terceira sessão em queda. Destaque para as acções do BCP, sector energético e Jerónimo Martins. As acções do banco liderado por Nuno Amado recuam 1,83% para 30,64 cêntimos.
Na energia, a Galp desvaloriza 0,38% para 14,61 euros, numa altura em que os preços do petróleo estão em alta ligeira nos mercados internacionais. O Brent do Mar do Norte, referência para Portugal, ganha 0,22% para 64,51 dólares por barril. A EDP perde 0,36% para 2,779 euros e a EDP Renováveis recua 0,14% para 7,075 euros. A REN cede 0,16% para 2,456 euros.
No retalho, a Jerónimo Martins perde 0,43% para 15,10 euros e a Sonae desce 0,26% para 1,138 euros.
A Nos desvaloriza 0,50% para 4,78 euros.
A Sonae Capital recua 3,35% para 98 cêntimos, depois de na sexta-feira a empresa ter comunicado que registou prejuízos de 6,5 milhões de euros, contra lucros no período homólogo, mas manteve a política de remunerar os accionistas, que vão receber 15 milhões de euros (6 cêntimos por acção), ainda assim abaixo dos 25 milhões de euros (10 cêntimos por acção) do ano passado.
A impedir uma decida mais pronunciada do PSI-20 estão as acções da Corticeira Amorim, que somam 1,64% para 9,90 euros. A Semapa está também em alta, avançando 0,22% para 18,40 euros e a Pharol cresce 0,67% para 22,65 cêntimos.