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Boeing e J&J afundam mais de 6% e pressionam Wall Street

Os dados económicos da China e as notícias negativas para a Boeing e Johnson & Johnson penalizaram o sentimento dos investidores.

Reuters
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As bolsas norte-americanas fecharam a semana em terreno negativo, pressionadas pelos dados económicos que confirmam a travagem económica da China e notícias negativas para a Boeing e Johnson & Johnson.

 

Penalizado por estas duas cotadas, o Dow Jones foi o índice mais pressionado, com uma queda de 0,95% para 26.770,2 pontos. O Nasdaq desvalorizou 0,83% para 8.089,54 pontos e o S&P 500 recuou 0,39% para 2.986,20 pontos. O S&P 500 atingiu ontem um máximo de três semanas e ficou a cerca de 1% de atingir máximos históricos.

 

Apesar do saldo negativo esta sexta-feira, na semana os índices norte-americanos ganharam terreno, impulsionados pela época de resultados das cotadas norte-americanas relativas ao terceiro trimestre deste ano. Os números dos lucros e receitas têm ficado maioritariamente acima das estimativas dos analistas, o que tem animado a negociação bolsista. A banca tem sido o exemplo disso, nomeadamente ontem com a divulgação dos resultados do Morgan Stanley.

Contudo, hoje os investidores deram relevância aos dados económicos que chegaram da China. A segunda maior economia do mundo viu o PIB desacelerar para um crescimento de 6% no terceiro trimestre, após um crescimento de 6,2% no segundo trimestre. A procura interna da economia chinesa está arrefecida, mas houve melhorias na produção industrial e nas vendas no retalho.

"Ainda que os analistas já tivessem a antecipar um crescimento do PIB chinês mais fraco do que em anteriores trimestres, a expectativa geral era de um crescimento de 6,1% [no terceiro trimestre] com a desaceleração para menos de 6% a acontecer apenas no próximo ano", refere a analista do City Index, Fiona Cincotta, à Market Watch, assinalando que os dados mostram que a disputa comercial está a ter um maior impacto face ao esperado.

Em termos de cotadas, a Boeing foi das que mais pressionou os índices, registando mesmo a desvalorização diária mais forte desde 2016 (-6,8%). O desempenho negativo aconteceu depois da Reuters ter noticiado que uma troca de mensagens entre trabalhadores da companhia aérea, em 2016, mostram que a empresa enganou o regulador na investigação à segurança das aeronaves 737 MAX. A Federal Aviation Administration já exigiu ao CEO da Boeing que explique imediatamente porque só agora surgem os documentos com a troca de mensagens que a empresa tem na sua posse "há vários meses".

 

Destaque pela negativa também para a Johnson & Johnson, que desvalorizou 6,22% para 127,70 dólares após a empresa ter anunciado que ia retirar do mercado "um único lote" de um produto de pó para crianças. Em causa estão análises feitas aos produtos que mostraram traços de substâncias potencialmente perigosas.

 

No capítulo dos resultados do terceiro trimestre, as empresas continuaram a dar boas notícias aos investidores. As ações da Coca-Cola subiram 1,84% para 54,78 dólares, após a empresa de refrigerantes ter anunciado que os lucros ficaram em linha com as estimativas dos analistas e as receitas ficaram acima.

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