As acções do BCP estão a subir 3,29% para 8,76 cêntimos, acumulando um ganho de 8,4% nas últimas duas sessões. Os títulos do BCP recuperam assim parte das quedas acumuladas na semana passada, período em que recuaram 13%, no pior desempenho semanal em cinco meses.

Estas subidas acentuadas das acções do banco surgem depois de na sexta-feira, 17 de Abril, já após o fecho do mercado, o banco liderado por Nuno Amado ter revelado que vai realizar uma operação de troca de dívida e reforço de solidez.

O BCP prevê reforçar o seu rácio de solidez mais exigente para mais de 10%, na sequência da oferta pública de troca de dívida subordinada por acções e do regresso aos lucros no primeiro trimestre deste ano. Só a conversão de obrigações em capital deve somar 0,7 pontos percentuais ao nível de capital, calculado de acordo com critérios que só entram em vigor em 2019. 

Num comunicado emitido na sexta-feira, 17 de Abril, no âmbito da convocatória da assembleia geral para 11 de Maio, o BCP anunciou que decidiu avançar com uma oferta pública de troca (OPT) de dívida subordinada por acções para antecipar o reforço de solidez para mais de 10%, meta prevista para o final deste ano.

Desta forma, o banco liderado por Nuno Amado começa a preparar o reembolso final da ajuda estatal. É que os lucros que o BCP conseguir gerar a partir daqui já não serão necessários para cumprir este objectivo, podendo ser destinados a liquidar os 750 milhões de euros de apoio público de que o banco ainda beneficia e que tem de pagar até final de 2015.