Notícia
BCP dispara após interesse da Fosun
As acções do BCP chegaram a subir mais de 12%, em reacção ao anúncio de interesse da Fosun entrar no capital do banco liderado por Nuno Amado.
O BCP está a subir 7,99% para 0,0218 euros, tendo chegado a subir um máximo de 12,45% para 0,0227 euros, atingindo assim o valor mais elevado desde 9 de Junho. Esta é a segunda sessão de fortes ganhos no BCP, tendo apreciado praticamente 7% na sessão de sexta-feira.
Esta subida expressiva das acções do banco liderado por Nuno Amado surge depois de várias notícias que foram divulgadas entre sexta-feira à noite e sábado.
A que estará a animar mais a negociação é a que revelou o interesse da Fosun em entrar no capital do banco. A Fosun informou o BCP que está interessada em ficar com mais de 16% do capital do banco, através de um aumento de capital, e admite posteriormente reforçar para um nível entre 20% a 30%, de acordo com um comunicado que foi divulgado no sábado, 30 de Julho. O grupo chinês propõe investir 500 milhões para ter 30% do BCP, posição com que passará a mandar no banco. Gestão de Nuno Amado abre os braços à operação que permite pagar toda a ajuda estatal. Falta acordo dos accionistas para que negócio se faça ainda este ano.
Positivo para as acções será também o resultado dos testes de stress realizados pela EBA e pelo BCE, revelados na sexta-feira à noite. O BCP ficou com mais de 7% de rácio de solidez no cenário adverso, mais de 1,5 pontos percentuais acima do mínimo exigido.
Também na sexta-feira, o BCP revelou que terminou o primeiro semestre do ano com um prejuízo de 197,3 milhões de euros. No mesmo período do ano passado o banco tinha registado um lucro de 240,7 milhões de euros. Os resultados foram penalizados pelo reforço de imparidades para crédito.
A subida das acções do banco está a ser acompanhada por liquidez, tendo já trocado de mãos mais de 114 milhões de títulos do banco, quando a média diárias dos últimos seis meses do ano é de 395 milhões.
Apesar das subidas recentes, o BCP continua a acumular uma queda de 54% desde o início do ano, depois de ter sido de alvo de muita especulação em torno da sua solvabilidade.