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BCP valoriza mais de 2% com pedido da Sonangol e alta do sector

O sector financeiro europeu foi impulsionado pelo UBS. O BCP subiu pela terceira sessão desde 24 de Outubro.

10 de Novembro de 2016 às 17:30
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Na sessão posterior ao anúncio dos resultados dos primeiros nove meses do ano, as acções do Banco Comercial Português (BCP) fecharam em terreno positivo, animadas pela possibilidade do seu maior accionista poder reforçar a posição.

 

As acções valorizaram 2,35% para 1,177 euros, na terceira sessão em alta desde que concretizou a fusão dos títulos, a 24 de Outubro.

 

A Sonangol pediu ao BCE para ter mais de 20% do BCP, no quadro da proposta da Fosun para se tornar no maior accionista do banco, sendo que os angolanos ainda não decidiram se aumentam a posição, noticia o Negócios.

 

Ao pedir ao BCE para reforçar a sua participação no banco liderado por Nuno Amado, a Sonangol dá sinais de que pode vir a usar essa autorização. Contudo, o processo de reestruturação da empresa angolana limita a capacidade financeira da Sonangol, sobretudo para investir fora do sector petrolífero. Aliás, chegou a estar em cima da mesa a transferência dos 17,84% que a empresa tem no BCP para o Ministério das Finanças angolano, o que acabou por não acontecer.

 

Este pedido da Sonangol é "potencialmente positivo para a o BCP", refere a Haitong, salientando que não é ainda certo se a empresa angolana está apenas preparar-se para a alteração ao limite de votos no banco (de 20% para 30%), ou pretende mesmo reforçar a posição no curto prazo.

 

Esta subida das acções acontece depois de ontem ter decorrido a assembleia geral do banco e do anúncio de resultados dos primeiros nove meses do ano.

 

Quanto ao resultado da AG, a Haitong salienta que a razão que levou ao adiamento do aumento do limite de votos não é ainda clara, mas deverá estar relacionada com a aprovação por parte do BCE.

 

O desempenho positivo dos títulos segue depois do banco ter anunciado uma deterioração dos resultados. O BCP obteve prejuízos de 251,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, num resultado que compara com o lucro de 264,5 milhões de euros alcançado no mesmo período de 2015. Especificamente no terceiro trimestre, o resultado foi negativo na ordem dos 53,8 milhões de euros.

 

Além dos factores específicos relacionados com o banco, o BCP também esteve a acompanhar o sector na Europa, que viveu uma sessão positiva. O Stoxx Banks avançou 2,23%, com os ganhos a serem liderados pelo UBS, que valorizou mais de 8% na melhor sessão desde 2012, e também pelo Deutsche Bank, que avançou mais de 5%.

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