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BCP sobe mais de 4,5% após proposta da Sonangol
As acções do BCP estão a subir pelo segundo dia consecutivo, a beneficiar da possibilidade de a Sonangol aumentar a sua posição no banco para mais de 20%, numa altura em que a entrada dos chineses da Fosun estará por perto.
O BCP está a subir esta sexta-feira, 11 de Novembro, 2,43% para 1,2056 euros, elevando para 4,83% a subida nos últimos dois dias.
Este comportamento está relacionado sobretudo com a possibilidade de a Sonangol elevar a sua participação no capital do banco liderado por Nuno Amado para mais de 20%.
A Sonangol, que tem 17,44% do BCP, pediu autorização ao Banco Central Europeu para superar a barreira dos 20% do banco liderado por Nuno Amado, tal como o Negócios noticiou na quarta-feira. O objectivo da petrolífera angolana é ficar com a possibilidade de reforçar a sua posição na instituição, numa altura em que a Fosun se prepara para ficar com uma participação de até 30% do banco.
Apesar de ter feito o pedido ao BCE, ainda não é certo que a Sonangol reforce a sua posição no capital do BCP, até porque a petrolífera está a passar por um processo de reestruturação, destinado a cortar custos e a concentrar a empresa na sua actividade principal. Este processo limita a capacidade financeira da Sonangol, sobretudo para investir fora do sector petrolífero. Aliás, chegou a estar em cima da mesa a transferência dos 17,84% que a empresa tem no BCP para o Ministério das Finanças angolano, o que acabou por não acontecer.
Já a entrada da Fosun estará por dias. Os accionistas do BCP estiveram reunidos esta quarta-feira, tendo sido adiada a votação do ponto que determinava o aumento do limite de votos de 20% para 30% à espera que estejam reunidas todas as condições para a entrada dos chineses.
O desempenho positivo dos títulos segue depois do banco ter anunciado uma deterioração dos resultados. O BCP obteve prejuízos de 251,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, num resultado que compara com o lucro de 264,5 milhões de euros alcançado no mesmo período de 2015. Especificamente no terceiro trimestre, o resultado foi negativo na ordem dos 53,8 milhões de euros.