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BCP prolonga tendência positiva na bolsa após compra na Polónia e dividendos

As acções do BCP continuam com tendência positiva na bolsa portuguesa, tendo hoje reagido com ganhos à aquisição de um banco na Polónia e à aprovação de uma alteração que possibilita o pagamento de dividendos.

Vítor Mota
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O anúncio da aquisição do banco polaco Eurobank contribuiu para acentuar a tendência positiva das acções do Banco Comercial Português. Os títulos encerraram a sessão desta segunda-feira a subir 0,2% para 0,2433 euros. Os títulos chegaram a ganhar 1,81% para 0,2472 euros, o que corresponde ao valor mais elevado desde 4 de Outubro.

 

A tendência altista das acções do banco liderado por Miguel Maya teve início desde 25 de Outubro, sendo que desde então (no espaço de oito sessões) as acções já acumulam um ganho de 12%. O desempenho positivo do banco deve-se sobretudo à expectativa positiva sobre os resultados do terceiro trimestre e sobre a possibilidade do BCP, pelo primeira vez desde 2010, remunerar os seus accionistas já no próximo ano (em relação ao actual exercício).

 

A propósito deste tópico, os accionistas do BCP aprovaram esta segunda-feira o único ponto da ordem de trabalhos da assembleia geral, que tem como objectivo final abrir a porta ao pagamento de dividendos.
 

No que diz respeito aos resultados dos primeiros nove meses deste ano, que serão apresentados a 8 de Novembro (quinta-feira), o BPI estima que o BCP tenha alcançado lucros de 93 milhões de euros entre Julho e Setembro deste ano, um valor que compara com os lucros de 43 milhões obtidos no mesmo período do ano passado.

Apesar do desempenho positivo recente, no acumulado do ano as acções do BCP ainda estão no vermelho. Descem 10,2% em 2018, com a capitalização bolsista a situar-se nos 3.690 milhões de euros.

 

Aquisição "interessante"

 

No que diz respeito à aquisição do Eurobank, anunciada esta manhã antes da abertura da sessão, o BPI considera que investimento de 428 milhões de euros é "interessante".

 

Os analistas do BPI/CaixaBank estimam que a compra terá um impacto positivo de 4 a 5% nos lucros da instituição liderada por Miguel Maya no médio prazo. Os analistas acrescentam que o BCP está a aumentar a capacidade de geração de resultados do grupo e a consolidar a sua posição no mercado polaco com um "impacto gerível ao nível do rácio de capital, ao mesmo tempo que o retorno sobre o investimento deste negócio parece interessante", concluem os analistas.


O negócio é efectuado pelo Bank Millennium, banco polaco detido maioritariamente pelo BCP, que financiará a operação com recursos internos. As acções do banco polaco fecharam a sessão desta segunda-feira a cair 0,56% para 8,8 zlotys, depois de terem chegado a ganhar mais de 3%.

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