Notícia
BCP perde mais de 4%. PSI-20 cai mais de 1% e quase anula ganhos de 2019
A bolsa nacional fechou em baixa com 17 das 18 cotadas a desvalorizar. Os dados económicos negativos da Europa, em particular da Alemanha, penalizaram a negociação bolsista.
O PSI-20 desvalorizou 1,55% para 4.750,68 pontos na sessão desta quarta-feira, 14 de agosto, penalizado pela queda superior a 4% do BCP. Com esta queda, a bolsa nacional está em mínimos de 3 de janeiro, apagando quase por completo os ganhos (0,4%) que tinha registado em 2019.
A negociação bolsista na Europa, e também nos EUA, está a ser condicionada pelos maus dados divulgados hoje sobre a economia europeia. O Eurostat confirmou que o PIB da Zona Euro desacelerou no segundo trimestre - sendo que o PIB português aguentou-se nesse período -, mas a maior preocupação está na Alemanha onde a economia contraiu 0,1% entre abril e junho, um sinal de que as tensões comerciais já tiveram impactos fortes nas economias exportadoras.
É o caso também da China onde foi revelado que a produção industrial cresceu em julho ao ritmo mais baixo desde fevereiro de 2002, sugerindo que a segunda maior economia do mundo está a ser fortemente penalizada pela guerra comercial com os Estados Unidos.
As bolsas europeias estão a ser penalizadas pela mesma razão. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a cair 1,89% para os 365,42 pontos, tendo tocado em mínimos de 15 de fevereiro durante a sessão. Ainda assim, o índice regista um ganho de 8% desde o início do ano.
Em Lisboa, 17 das 18 cotadas fecharam no vermelho - a exceção foi a REN que ficou inalterada. O destaque pela negativa vai novamente para o BCP que regressou às quedas após o alívio de ontem. As ações do banco desvalorizaram 4,16% para os 19,79 cêntimos. O setor da banca continua a ser penalizado pela perspetiva de que haja mais cortes de juros diretores por parte dos bancos centrais, expectativa reforçada pela travagem económica.
Em queda fechou também a Galp Energia - os títulos da energética caíram 2,24% para os 12,675 euros - cujas ações atingiram um mínimo de novembro de 2016. O setor do papel também pressionou a bolsa nacional com a Altri, a Semapa e a Navigator a cair. A Altri desceu 2,59% para os 5,455 euros, a Semapa desvalorizou 0,68% para os 11,6 euros e a Navigator perde 1,37% para os 2,872 euros.
A Pharol desvalorizou 3,42% para os 13 cêntimos, ainda a refletir a notícia de que o BCP acionou a garantia de um empréstimo da High Bridge (que entrou em incumprimento). A garantia eram ações da Pharol, equivalentes a cerca de 10% do capital da empresa liderada por Palha da Silva, com o banco a deixar claro que o seu objetivo é que estes títulos sejam vendidos. Uma posição que aumenta a pressão sobre as ações, uma vez que a expectativa é que seja libertada uma quantidade significativa de ações no mercado.
Fora do PSI-20, nota para a suspensão da negociação das ações da Cofina após o Expresso ter noticiado que a empresa de media, que detém o Jornal de Negócios, está em negociações exclusivas para comprar a Media Capital, empresa que controla a TVI, informação entretanto confirmada pelo Negócios. Os títulos da Cofina chegaram a subir mais de 6%. A negociação da Media Capital também está suspensa.
(Notícia atualizada às 16h58 com mais informação)
A negociação bolsista na Europa, e também nos EUA, está a ser condicionada pelos maus dados divulgados hoje sobre a economia europeia. O Eurostat confirmou que o PIB da Zona Euro desacelerou no segundo trimestre - sendo que o PIB português aguentou-se nesse período -, mas a maior preocupação está na Alemanha onde a economia contraiu 0,1% entre abril e junho, um sinal de que as tensões comerciais já tiveram impactos fortes nas economias exportadoras.
As bolsas europeias estão a ser penalizadas pela mesma razão. O Stoxx 600, o índice que agrega as 600 principais cotadas europeias, está a cair 1,89% para os 365,42 pontos, tendo tocado em mínimos de 15 de fevereiro durante a sessão. Ainda assim, o índice regista um ganho de 8% desde o início do ano.
Em Lisboa, 17 das 18 cotadas fecharam no vermelho - a exceção foi a REN que ficou inalterada. O destaque pela negativa vai novamente para o BCP que regressou às quedas após o alívio de ontem. As ações do banco desvalorizaram 4,16% para os 19,79 cêntimos. O setor da banca continua a ser penalizado pela perspetiva de que haja mais cortes de juros diretores por parte dos bancos centrais, expectativa reforçada pela travagem económica.
Em queda fechou também a Galp Energia - os títulos da energética caíram 2,24% para os 12,675 euros - cujas ações atingiram um mínimo de novembro de 2016. O setor do papel também pressionou a bolsa nacional com a Altri, a Semapa e a Navigator a cair. A Altri desceu 2,59% para os 5,455 euros, a Semapa desvalorizou 0,68% para os 11,6 euros e a Navigator perde 1,37% para os 2,872 euros.
A Pharol desvalorizou 3,42% para os 13 cêntimos, ainda a refletir a notícia de que o BCP acionou a garantia de um empréstimo da High Bridge (que entrou em incumprimento). A garantia eram ações da Pharol, equivalentes a cerca de 10% do capital da empresa liderada por Palha da Silva, com o banco a deixar claro que o seu objetivo é que estes títulos sejam vendidos. Uma posição que aumenta a pressão sobre as ações, uma vez que a expectativa é que seja libertada uma quantidade significativa de ações no mercado.
Fora do PSI-20, nota para a suspensão da negociação das ações da Cofina após o Expresso ter noticiado que a empresa de media, que detém o Jornal de Negócios, está em negociações exclusivas para comprar a Media Capital, empresa que controla a TVI, informação entretanto confirmada pelo Negócios. Os títulos da Cofina chegaram a subir mais de 6%. A negociação da Media Capital também está suspensa.
(Notícia atualizada às 16h58 com mais informação)