Notícia
BCP e Galp pressionam bolsa nacional
A bolsa nacional segue em queda, num arranque de sessão marcado pelo vermelho um pouco por toda a Europa.
A bolsa nacional iniciou o dia em queda, acompanhando a tendência das congéneres europeias, num dia que continua a ser marcado pelos receios dos investidores em relação às negociações comerciais entre os EUA e a China.
O PSI-20 recua 0,15% para 5.143,70 pontos, com nove cotadas em queda, seis em alta e três inalteradas.
A contribuir para o desempenho da bolsa nacional estão as ações das cotadas como o BCP, que recua 0,4% para 0,199 euros, mantendo a tendência de descida registada já na última sessão e depois de o Supremo Tribunal polaco ter emitido o seu primeiro parecer num processo relacionado com a conversão de créditos concedidos em francos suíços. A instituição deu luz verde para que os empréstimos sejam convertidos para zlótis às taxas de juro originais, que são inferiores às atualmente praticadas. O que poderá implicar custos elevados para os bancos.
A pressionar a negociação do PSI-20 está também a Galp Energia, ao cair 0,2% para 14,80 euros, bem como a EDP Renováveis, que cede 0,6% para 9,86 euros. Já a EDP segue estável nos 3,67 euros, depois de ontem ter sido revelado que a Blackrock reforçou a participação no capital da elétrica para 5%, mantendo-se desta forma como o terceiro maior acionista da elétrica portuguesa.
A Jerónimo Martins também está a travar a queda da bolsa, ao subir 0,48% para 14,695 euros, depois de ontem ter sido uma das responsáveis pela descida do índice. Isto no dia em que alvo de uma nota de análise por parte do UBS, onde a casa de investimento reduziu a avaliação e a recomendação. De acordo com a nota de research citada pela Bloomberg, a que o Negócios não teve acesso, a introdução da taxa de retalho na Polónia e a pressão mais forte do que o esperado nas margens representam os principais riscos para a Jerónimo Martins, que enfrenta agora um "outlook" mais "difícil".
Destaque ainda para a Teixeira Duarte, cujas ações estão a subir 3,96% para 0,1445 euros, depois de ontem à noite ter apresentado os seus resultados, com a construtora a revelar que os seus lucros quase triplicam nos primeiros nove meses para 20,05 milhões de euros.
Fora do PSI-20 destaque ainda para a Orey Antunes, que ontem revelou que pediu a abertura de um Processo Especial de Revitalização (PER), com vista à sua recuperação. A empresa está a pedir um perdão de cerca de 50 milhões de euros. A cotada só anunciou ao mercado ontem à noite deste pedido, mas as ações nos últimos dois dias já tinham afundado. Entre quarta e quinta-feira a Orey Antunes afundou 32%, com um volume de negociação bastante superior à média diária dos últimos seis meses. De destacar que antes destas duas sessões, a última vez que trocaram de mãos ações da Orey em bolsa foi no dia 5 de novembro.