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BCP afunda 5% e deixa PSI-20 no vermelho
Na antecâmara da apresentação de resultados semestrais, na segunda-feira, o BCP desvalorizou 5% para mínimos de 18 de junho, penalizando a bolsa nacional que recuou pelo terceiro dia consecutivo.
Com 14 cotadas em queda, duas em alta e as restantes duas inalteradas, o PSI-20 contrariou a tendência de ganhos registada nas principais bolsas europeias, apoiadas sobretudo nos ganhos registados pelo setor das telecomunicações.
Por cá foi o BCP que mais penalizou, com o banco liderado por Miguel Maya a afundar 5,07% para 0,251 euros, cotação que representa um mínimo de 18 de junho. Esta foi mesmo a maior queda diária do banco em quase cinco meses (desde 7 de março) e acontece antes da apresentação de resultados semestrais que acontece já na próxima segunda-feira.
O CaixaBank BPI estima que o BCP terá fechado o primeiro semestre com um lucro 12% superior ao registado no ano passado. Contudo, isolando o segundo trimestre, os resultados terão diminuído 90% devido a uma série de eventos não recorrentes.
Também a penalizar a negociação em Lisboa esteve a Galp Energia, com a petrolífera a deslizar 0,78% para 14,075 euros. A cotada seguiu a queda do preço do petróleo que se verifica nos mercados internacionais, numa altura em que o Brent recua 0,36% para 63,16 dólares por barril.
Nota negativa ainda para a Sonae que recuou 0,17% para 0,8645 euros, enquanto a outra retalhista, a Jerónimo Martins, contrariou o sentimento dominante com uma subida de 0,78% para 14,86 euros, isto depois de ontem ter reportado um resultado líquido de 181 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um valor acima do antecipado pelos analistas – estimavam uma quebra homóloga de 6% - e que representa uma subida de 0,7% face ao mesmo período do ano passado.
A travar uma maior queda da bolsa nacional esteve a Nos, que acompanhando os ganhos do setor ao nível europeu fechou a última sessão da semana com um ganho de 0,26% para 5,80 euros.
Além da atenção dada à Jerónimo Martins, em Lisboa o foco incidiu também outras cotadas que deram ontem a conhecer os resultados referentes aos primeiros seis meses do ano:
- O lucro da EDP aumentou 7% para 405 milhões de euros, sustentado pela atividade internacional – a atividade em Portugal voltou a fechar no vermelho "penalizada pelo contexto regulatório e fiscal adverso". A elétrica fechou com uma ligeira descida de 0,09% para 3,362 euros.
- Os CTT registaram um aumento de 21% dos lucros, para 9 milhões de euros, e reviram o investimento em baixa. Os títulos acionistas dos correios nacionais resvalaram 0,30% para 2,020 euros.
- As contas da REN revelaram uma quebra de 3,3% nos lucros, para 51,1 milhões, impactadas por uma menor taxa de remuneração dos ativos. A gestora da rede elétrica cedeu 0,20% para 2,465 euros.
- A Novabase registou 1,6 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, o que correspondeu uma subida de 16%, com as receitas a crescerem 8% impulsionadas pelo mercado português. A Novabase anunciou ainda que pretende mudar a política de dividendos e irá propor aos acionistas a distribuição de um dividendo extraordinário de 0,5 euros este ano. Prevê também uma redução e posterior aumento de capital. A empresa estima que o dividendo médio anual seja de 1,5 euros entre 2019 e 2023. As ações da empresas avançaram para máximos de junho de 2018 ao dispararem 13,50% para 2,69 euros.
Além dos resultados, há mais cotadas a reagir a noticias relevantes. A Corticeira Amorim anunciou ontem que chegou a acordo para comprar 50% do capital da Vinolok, uma companhia sediada na República Checa que produz vedantes de vidro, num negócio de 11 milhões de euros que vai permitir uma "associação histórica da cortiça e do vidro", salientou a empresa portuguesa. As ações da empresa liderada por Rios de Amorim perderam 0,73% para 9,56 euros.