Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

BCP afunda 5% e deixa PSI-20 no vermelho

Na antecâmara da apresentação de resultados semestrais, na segunda-feira, o BCP desvalorizou 5% para mínimos de 18 de junho, penalizando a bolsa nacional que recuou pelo terceiro dia consecutivo.

Pedro Catarino/CM
  • ...
A bolsa nacional terminou o semana com o pé esquerdo ao fechar a sessão desta sexta-feira, 26 de julho, a perder 0,76% para 5.141,38 pontos, o que configura a terceira desvalorização consecutiva, que deixou a praça lisboeta em mínimos de 10 de julho.

Com 14 cotadas em queda, duas em alta e as restantes duas inalteradas, o PSI-20 contrariou a tendência de ganhos registada nas principais bolsas europeias, apoiadas sobretudo nos ganhos registados pelo setor das telecomunicações. 

Apesar dos dados económicos conhecidos na Alemanha serem negativos, isso reforça a expectativa de políticas de estímulo económico por parte do Banco Central Europeu, designadamente um corte nos juros, o que contribuiu para conferir confiança aos investidores europeus. 

Por cá foi o BCP que mais penalizou, com o banco liderado por Miguel Maya a afundar 5,07% para 0,251 euros, cotação que representa um mínimo de 18 de junho. Esta foi mesmo a maior queda diária do banco em quase cinco meses (desde 7 de março) e acontece antes da apresentação de resultados semestrais que acontece já na próxima segunda-feira. 

O CaixaBank BPI estima que o BCP terá fechado o primeiro semestre com um lucro 12% superior ao registado no ano passado. Contudo, isolando o segundo trimestre, os resultados terão diminuído 90% devido a uma série de eventos não recorrentes.

Também a penalizar a negociação em Lisboa esteve a Galp Energia, com a petrolífera a deslizar 0,78% para 14,075 euros. A cotada seguiu a queda do preço do petróleo que se verifica nos mercados internacionais, numa altura em que o Brent recua 0,36% para 63,16 dólares por barril. 

Nota negativa ainda para a Sonae que recuou 0,17% para 0,8645 euros, enquanto a outra retalhista, a Jerónimo Martins, contrariou o sentimento dominante com uma subida de 0,78% para 14,86 euros, isto depois de ontem ter reportado um resultado líquido de 181 milhões de euros no primeiro semestre do ano, um valor acima do antecipado pelos analistas – estimavam uma quebra homóloga de 6% - e que representa uma subida de 0,7% face ao mesmo período do ano passado. 

A travar uma maior queda da bolsa nacional esteve a Nos, que acompanhando os ganhos do setor ao nível europeu fechou a última sessão da semana com um ganho de 0,26% para 5,80 euros. 

Além da atenção dada à Jerónimo Martins, em Lisboa o foco incidiu também outras cotadas que deram ontem a conhecer os resultados referentes aos primeiros seis meses do ano:

 

- O lucro da EDP aumentou 7% para 405 milhões de euros, sustentado pela atividade internacional – a atividade em Portugal voltou a fechar no vermelho "penalizada pelo contexto regulatório e fiscal adverso". A elétrica fechou com uma ligeira descida de 0,09% para 3,362 euros.
 

- Os CTT registaram um aumento de 21% dos lucros, para 9 milhões de euros, e reviram o investimento em baixa. Os títulos acionistas dos correios nacionais resvalaram 0,30% para 2,020 euros.
 

- As contas da REN revelaram uma quebra de 3,3% nos lucros, para 51,1 milhões, impactadas por uma menor taxa de remuneração dos ativos. A gestora da rede elétrica cedeu 0,20% para 2,465 euros.

 

- A Novabase registou 1,6 milhões de euros de lucro no primeiro semestre, o que correspondeu uma subida de 16%, com as receitas a crescerem 8% impulsionadas pelo mercado português. A Novabase anunciou ainda que pretende mudar a política de dividendos e irá propor aos acionistas a distribuição de um dividendo extraordinário de 0,5 euros este ano. Prevê também uma redução e posterior aumento de capital. A empresa estima que o dividendo médio anual seja de 1,5 euros entre 2019 e 2023. As ações da empresas avançaram para máximos de junho de 2018 ao dispararem 13,50% para 2,69 euros.

 

Além dos resultados, há mais cotadas a reagir a noticias relevantes. A Corticeira Amorim anunciou ontem que chegou a acordo para comprar 50% do capital da Vinolok, uma companhia sediada na República Checa que produz vedantes de vidro, num negócio de 11 milhões de euros que vai permitir uma "associação histórica da cortiça e do vidro", salientou a empresa portuguesa. As ações da empresa liderada por Rios de Amorim perderam 0,73% para 9,56 euros.

Ver comentários
Saber mais Bolsa Nacional PSI-20 BCP Jerónimo Martins Novabase EDP Corticeira Amorim CTT Sonae
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio