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Bankia dispara mais de 34% com negociações para uma fusão com o CaixaBank

O Bankia negoceia em máximos de março enquanto o CaixaBank valoriza quase 13%, depois de as instituições terem anunciado que estão a negociar uma possível fusão.

04 de Setembro de 2020 às 09:43
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As ações do Bankia e do CaixaBank estão a registar fortes subidas na bolsa de Madrid esta sexta-feira, 4 de setembro, depois de terem confirmado ontem que estão em negociações para uma fusão.

O Bankia valoriza 28,78% para 1,3335 euros, depois de ter chegado a disparar um máximo de 34,23% para 1,39 euros, o valor mais alto desde março.

Já o CaixaBank soma 12,92% para 2,05 euros.

As fortes valorizações estão a contagiar todo o setor da banca na Europa, cuja subida de mais de 2% foi suficiente para inverter a tendência negativa que marcou o arranque da sessão no velho continente.

Esta evolução acontece depois de as duas instituições terem confirmado ontem estar a negociar uma possível fusão que, a confirmar-se, dará origem ao maior banco de Espanha. A notícia foi avançada inicialmente pelo El País, e confirmada depois pelos dois bancos, através de comunicado. 

"Perante as notícias que surgiram nalguns meios de comunicação, o Bankia, no âmbito da habitual análise de possíveis operações estratégicas, confirma os contactos com o CaixaBank, com conhecimento e autorização do conselho de administração, para analisar uma eventual oportunidade de operação de fusão entre ambas as entidades", diz o comunicado do Bankia.

 

Já o CaixaBank informou que "depois da autorização do seu conselho de administração, está em negociações com o Bankia para analisar uma fusão entre ambas as entidades, sem que de momento se tenha alcançado qualquer acordo a esse respeito a não ser a assinatura de um acordo de confidencialidade para troca de informação de modo a avaliar a operação, no âmbito de uma ‘due diligence’, contando com assessores para a operação".

 

A concretizar-se a operação, o Estado espanhol passaria de uma posição de 61,8% no Bankia para 14% na nova entidade decorrente da fusão, cujo principal acionista seria a Fundação La Caixa – que ficaria com cerca de 30%.

 

O novo grupo, a ser criado, contará com 650.000 milhões de euros em ativos – "muito acima do Santander e do BBVA, ainda que sem a presença internacional de ambos", sublinha o El País.

 

A avançar, esta nova entidade terá mais de 50.000 funcionários.

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