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Bolsas europeias recuperam de mínimos de 2014 com impulso da banca

Os principais índices europeus encerraram em alta após sete sessões consecutivas de perdas, impulsionados pelo sector financeiro. Depois das fortes desvalorizações no arranque da semana, o Deutsche Bank disparou mais de 10%.

Bloomberg
10 de Fevereiro de 2016 às 17:33
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As bolsas europeias encerraram em alta esta quarta-feira, 10 de Fevereiro, pela primeira vez em oito sessões, impulsionadas pelos fortes ganhos do sector da banca.

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, valorizou 1,87% para 315,19 pontos, depois de ter atingido ontem o valor mais baixo desde Outubro de 2014.

O sector financeiro, que hoje impulsionou os principais índices, foi o mais penalizado na terça-feira, depois de se terem levantado dúvidas sobre a saúde do Deutsche Bank e a sua capacidade para cumprir as suas obrigações. O maior banco alemão viu-se obrigado a emitir um comunicado aos investidores e funcionários, onde garante que tem dinheiro suficiente para pagar os cupões das suas obrigações com maior risco, tanto este ano como em 2017.

Esta quarta-feira, o Financial Times avançou que o banco considera recomprar dívida, uma notícia que foi bem recebida pelos investidores. As acções do Deutsche Bank dispararam 10,20% para 14,58 euros, depois de terem afundado 9,5% e 4,27% na segunda e terça-feira, respectivamente.

O optimismo acabou por contagiar o sector na Europa. Depois de ter desvalorizado 4% para o valor mais baixo desde Agosto de 2012, o índice que reúne os maiores bancos europeus disparou 4,89%. O Commerzbank ganhou 8,22% para 6,835 euros e o italiano Banca Popolare di Milano subiu 9,48% para 60,05 cêntimos.

A liderar os ganhos na Europa esteve precisamente o índice italiano, com uma subida de 5,03%, seguido pelo espanhol IBEX, que valorizou 2,73%. Os ganhos mais tímidos foram da bolsa de Atenas (0,19%) e do português PSI-20 (0,26%).

O sentimento positivo dos investidores foi ainda reforçado pelas palavras da presidente da Reserva Federal norte-americana, Janet Yellen, que garantiu que a autoridade monetária não terá pressa em voltar a subir os juros, num contexto de turbulência nos mercados financeiros.

Contudo, Yellen admitiu que os desenvolvimentos financeiros recentes são menos favoráveis para a maior economia do mundo. "As condições financeiras nos Estados Unidos tornaram-se recentemente menos favoráveis ao crescimento", referiu a responsável da Fed num discurso ao Congresso norte-americano, publicado no site da Reserva Federal.

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