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Anglo American contra-ataca descida de "rating" com recompra de dívida
A mineira anunciou que vai investir até 1,3 mil milhões de dólares na recompra de títulos de dívida, num sinal de confiança ao mercado. Este investimento surge depois do corte de "rating" da empresa.
À semelhança de outras empresas que estão a aproveitar as fortes quedas dos títulos no mercado para reforçar as suas posições em acções e obrigações, a Anglo American vai investir na compra de dívida da empresa. Prevê gastar até 1,3 mil milhões de dólares.
A mineira, que esta semana divulgou mais um conjunto de resultados anuais negativos, adiantou que iniciou um plano para recomprar até mil milhões de dólares em títulos em euros e libras de dívida com maturidade em 2016, 2017 e 2018, bem como 300 milhões para comprar obrigações com maturidade no próximo ano denominadas em dólares.
Esta demonstração de confiança e de robustez perante o mercado surge depois da Moody’s e da Fitch terem baixado o seu "rating" para a mineira, no seguimento dos prejuízos da companhia.
"Este é mais um movimento simbólico para mostrar ao mercado que estão confiantes em relação aos seus níveis de liquidez", justificou Saida Eggerstedt, gestor da Deka Investment, à Bloomberg. "Provavelmente estão descontentes com a decisão das agências de ‘rating’", rematou.
A empresa foi a primeira do sector mineiro a ser colocada abaixo de grau de investimento por parte das agências de notação financeira. A Anglo American pretende levantar até quatro mil milhões de dólares com a venda de minas e cortar a sua dívida líquida para um valor inferior a dez mil milhões de dólares este ano.
São várias as empresas que têm anunciado planos de compra de acções próprias e o investimento em títulos de dívida. O primeiro foi o Deutsche Bank, numa tentativa de acalmar os mercados. O CEO do JPMorgan, empresas como a Carlyle, ou o Softbank também estão a reforçar a aposta em acções próprias.