O Dow Jones encerrou a sessão a valorizar 0,89% para 15.326,60 pontos e S&P500 subiu 0,30% para 1.689,10 pontos, avançando pelo sétimo dia consecutivo, e chegou a tocar em máximos de quatro semanas ao longo da sessão. A sustentar estes dois índices está a decisão do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, em adiar uma intervenção militar na Síria.

Obama pediu na noite de terça-feira ao Congresso para adiar a votação sobre a acção militar contra o regime de Assad, defendendo que deve ser dada uma oportunidade ao plano do Governo da Rússia, que está aberto à possibilidade de a Síria entregar o arsenal de armas químicas para que sejam neutralizadas.

“Ainda não ultrapassámos todas as dificuldades, apesar das notícias sobre a Síria, mas de momento os mercados digeriram bem a decisão de adiar a intervenção militar”, indica Russel Croft, gestor na Croft-Leominster, citado pela Bloomberg. “Agora, todas as atenções estão postas na reunião da Fed na próxima semana, que será o grande condicionador do mercado, aliado a alguns dados económicos que vão ser conhecidos”, afirma o gestor.

Contrariamente, o Nasdaq encerrou em terreno negativo pressionado pela Apple. O índice tecnológico fechou a perder 0,11% para 3.725,01pontos.

Os títulos da fabricante do iPhone caíram pelo segundo dia e terminaram a sessão desta quarta-feira a desvalorizar 5,44% para 467,71 dólares. Já esta terça-feira as acções da Apple tinham caído 2,28%.

A empresa fundada por Steve Jobs apresentou esta quarta-feira os novos iPhones 5. Porém, os novos dispositivos não convenceram os analistas, nomeadamente o preço do iPhone 5C, um dispositivo “low cost”. A versão de 16GB do 5C vai ser vendida no mercado por 99 dólares (cerca de 75 euros) e a versão de 32 GB a 199 dólares. Foi ainda lançado o iPhone 5S, duas vezes mais rápido que o iPhone5.

No entanto, várias casas de investimento cortaram as recomendações para a gigante tecnológica, uma vez que consideraram o preço do novo iPhone 5C pouco atractivo para os mercados emergentes.