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Administradores da Raize venderam acções nos primeiros dias e compraram depois

Os três gestores continuam a controlar mais de 50% do capital da plataforma de empréstimos a PME e as vendas de acções nas primeiras sessões estavam previstas na oferta subsequente.

Tiago Sousa Dias
30 de Julho de 2018 às 12:27
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Os três administradores da Raize têm estado activos na compra e venda de acções da mais recente cotada da bolsa portuguesa, tendo alienado nas primeiras sessões e comprado nas seguintes, revelam comunicados enviados para a CMVM.

José Maria Antunes dos Santos Rego vendeu 16.998 acções da Raize no primeiro dia em que as acções negociaram em bolsa, a 2,20 euros cada uma, e alienou a mesma quantidade no dia seguinte, a 2,40 euros cada. Na sessão de 26 de Julho comprou 3.500 acções a 2,32 euros cada.

Após estas transacções, passou a controlar 1.218.833 acções, que representam 24,38% do capital. Depois da OPV este gestor detinha 24,32% do capital.

Já Afonso Fuzeta da Ponte da Cunha de Eça também vendeu praticamente o mesmo número de acções nas duas primeiras sessões, mas esteve mais activo no lado das compras. A 23 de Julho adquiriu 33.992 acções a 2,29 euros cada e nas quatro sessões seguintes também comprou acções em todas elas.

Passou assim a deter 1.262.277 acções da Raize, que representam 25,25% do capital, pelo que reforçou a posição detida depois da OPV (24,32%).

Quanto a António José Ribeiro da Silva Marques também vendeu nos dois primeiros dias de negociação (1.695 acções em cada sessão) e nunca mais transaccionou, pelo que mantém a posição de 2,42% do capital.

Os três gestores continuam a controlar mais de 50% do capital da plataforma de empréstimos a PME.

As vendas de acções nos dois primeiros dias de negociação estavam já previstas no documento informativo da OPV no âmbito da oferta subsequente. Ficou determinado que depois da oferta inicial de 15% do capital na OPV, e para reforçar a liquidez da acção, os accionistas da Raize podem vender mais 10% do capital da Raize durante um período de seis meses.

"As compras tiveram como motivação oferecer maior liquidez à ação nos primeiros dias de negociação, e permitiram-nos recomprar algumas ações que tínhamos vendido na Oferta Subsequente", explicou ao Negócios Afonso Eça, que também é investor relations da Raize.

 

Depois de uma estreia em forte alta nas primeiras sessões, a Raize tem vindo a perder gás nos últimos dias. Hoje perde 0,45% para 2,23 euros, o que traduz um ganho de 11,5% face ao preço a que as acções foram vendidas na OPV.

(notícia actualizada às 12:50 com declarações de Afonso Eça)

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