Notícia
Ações russas pintam-se de vermelho com conflito na Ucrânia. Gazprom afunda 7%
Desde os últimos máximos (tocados em outubro), o índice RUS50 já tombou 35%, mais do que na invasão da Crimeia. As tensões não parecem próximas do fim.
O agravamento do conflito entre Ucrânia e Rússia está a preocupar os investidores. Por toda a Europa, as bolsas reagiram em baixa à tensão no Leste da Ucrânia, que continua a agravar, com o país a temer uma invasão "a qualquer momento", apesar de a Rússia garantir que não tem intenção de avançar com planos de guerra.
Os Estados Unidos e o Reino Unido mandaram retirar as famílias de diplomatas que têm em Kiev e também os investidores estão a mostrar receios. O principal índice da bolsa da Rússia tombou 5,9% para 3.235 pontos na sessão desta segunda-feira, no nível mais baixo desde dezembro de 2020.
"Durante a sessão de hoje, das 50 empresas cotadas no índice RTS, apenas uma negociou em terreno positivo", notam os analistas da XTB. "As empresas que seriam as mais afetadas por potenciais sanções são as que têm pior desempenho". No grupo incluem-se a Ozone, uma empresa de comércio eletrónico que também trata de pagamentos, que tombou 9,92%. A empresa de serviços de internet Yandex perdeu 6,79% e a empresa de aviação Aeroflot recuou 8,52%.
"A imposição de sanções tornaria praticamente impossível a estas empresas operar em mercados estrangeiros, ou mesmo as suas atividades poderiam ser bloqueadas na própria Rússia", sublinha a XTB. A Gazprom afundou 6,7% dado que as sanções poderão mesmo por em causa a aprovação do gasoduto Nord Stream 2 pela Alemanha.
Já o setor tecnológico no país tombou mais de 12%, pressionado pela exposição ao investimento internacional e às perspetivas de política monetária mais apertada pelo Banco Central da Rússia. Assim, o mercado já não está só preocupado com a inflação e sobre os aumentos em torno das taxas de juro, mas também com o conflito armado na Europa de Leste.
"A situação atual no índice russo é muito pior do que durante a ocupação da Crimeia. O índice RUS50 (RTS) caiu quase 35% em relação ao máximo de outubro. Em 2014, o índice caiu 30% na sequência das ações militares da Rússia, embora tenha conseguido recuperar muito rapidamente", acrescenta a XTB.
Os Estados Unidos e o Reino Unido mandaram retirar as famílias de diplomatas que têm em Kiev e também os investidores estão a mostrar receios. O principal índice da bolsa da Rússia tombou 5,9% para 3.235 pontos na sessão desta segunda-feira, no nível mais baixo desde dezembro de 2020.
"A imposição de sanções tornaria praticamente impossível a estas empresas operar em mercados estrangeiros, ou mesmo as suas atividades poderiam ser bloqueadas na própria Rússia", sublinha a XTB. A Gazprom afundou 6,7% dado que as sanções poderão mesmo por em causa a aprovação do gasoduto Nord Stream 2 pela Alemanha.
Já o setor tecnológico no país tombou mais de 12%, pressionado pela exposição ao investimento internacional e às perspetivas de política monetária mais apertada pelo Banco Central da Rússia. Assim, o mercado já não está só preocupado com a inflação e sobre os aumentos em torno das taxas de juro, mas também com o conflito armado na Europa de Leste.
"A situação atual no índice russo é muito pior do que durante a ocupação da Crimeia. O índice RUS50 (RTS) caiu quase 35% em relação ao máximo de outubro. Em 2014, o índice caiu 30% na sequência das ações militares da Rússia, embora tenha conseguido recuperar muito rapidamente", acrescenta a XTB.