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Ações russas afastadas de índices MSCI e FTSE Russell

A Rússia está a ficar cada vez mais isolada dos mercados financeiros globais, com as reservas em moeda estrangeira congeladas e as sanções financeiras aplicadas pela União Europeia e pelos EUA depois da invasão à Ucrânia.

Reuters
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As empresas gestoras de índices acionistas MSCI e FTSE Russell decidiram afastar ações russas dos seus índices, que são amplamente seguidos por investidores de todo o mundo. Os títulos de empresas da Rússia ficam ainda mais isolados na indústria dos fundos de investimento já que sairão assim de forma automática de algumas carteiras.

Uma larga maioria dos participantes do mercado veem o mercado russo como não sendo passível de investir, pelo que os seus ativos serão afastados dos índices de mercados emergentes a partir de 9 de março, segundo anunciou o MSCI num comunicado citado pela Bloomberg. Já o FTSE Russell vai eliminar constituintes da Rússia, que negociam na bolsa de Moscovo, a partir de 7 de março-.

A Rússia está a ficar cada vez mais isolada dos mercados financeiros globais, com as reservas em moeda estrangeira congeladas e as sanções financeiras aplicadas pela União Europeia e pelos EUA depois da invasão à Ucrânia.

Os principais índices em Moscovo têm estado fechados à negociação de ativos para evitar uma fuga ainda maior de capital estrangeiro, sendo que desde 1998 que a bolsa russa não estava encerrada durante tanto tempo. Antes disso, na quinta-feira em que a Rússia invadiu a Ucrânia, na semana passada, a desvalorização dos ativos tornou-se mesmo o quinto pior evento de sempre para os mercados financeiros globais.

O cerco está a apertar-se sobre a Rússia e a expulsão de obrigações russas dos índices poderá ser o próximo passo, com milhares de milhões de dólares no limbo há quase uma semana. Como parte das sanções económicas, emitentes públicos e privados na Rússia estão impedidos de emitir nova dívida nos mercados europeus e norte-americanos, enquanto vários bancos têm atividade limitada.

Esta quarta-feira, os ministros da Economia e das Finanças da União Europeia (Ecofin) decidiram também incluir os criptoativos nas sanções que a União Europeia está a impor à Rússia na sequência da invasão da Ucrânia. A medida foi adotada esta quarta-feira na reunião do grupo informal do Conselho Europeu e anunciada pelo ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, e pelo comissário europeu Valdis Dombrovskis.
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