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Acções do BES aliviam queda e recuam 11%

As acções do Banco Espírito Santo, que chegaram a afundar 20%, seguem a descer 11%. Os títulos aliviam assim da queda acentuada verificada ao longo da manhã, período em que reflectiram o facto de a ESFG ter vendido acções a 34,5 cêntimos.

Bloomberg
15 de Julho de 2014 às 12:26
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Pelo sétimo dia consecutivo, os títulos do Banco Espírito Santo negoceiam com quedas acentuadas. As acções do banco iniciaram o dia a cair 1,80% mas já perderam um máximo 20,22% para negociarem num novo mínimo histórico de 35,5 cêntimos. 

 

Os títulos do banco seguem agora a cair 11,01% para 39,6 cêntimos, tendo já sido negociados mais de 84 milhões de acções em cerca de quatro horas de negociação, quando a média diária dos últimos seis meses é de 29,9 milhões. 

 

As acções do banco perdem 47,3% nas últimas sete sessões e 57,8% desde o início do ano. 

 

A forte queda das acções surge depois de na segunda-feira a Espírito Santo Financial Group ESFG ter anunciado que alienou 4,99% do capital do banco para fazer face a um empréstimo de mais de 100 milhões de euros que o Nomura tinha concedido à família Espírito Santo.

 

Estas acções foram vendidas a 34 cêntimos cada uma, com um desconto de 20% face à cotação mais baixa de ontem em bolsa. Com a queda de hoje, as acções aproximaram-se deste valor a que o ESFG alienou os títulos, embora permaneçam acima.

 

Família Espírito Santo em risco de perder o banco

 

A ESFG permanece com 20,1% do capital do BES, mas esta posição não pode ser vendida, pois serve de colateral de uma emissão de dívida que a "holding" efectuou no final do ano passado. 

 

O provável pedido de protecção de credores por parte da ESFG coloca em risco esta participação de 20% que a "holding" financeira ainda tem no BES. Se o maior accionista do banco ficar sob gestão controlada, a participação deverá ser usada para reembolsar os investidores que têm obrigações do ESFG permutáveis em acções do BES.

 

O Negócios avança também, na edição desta terça-feira que o Banco Espírito Santo está em risco de perder cerca de 3.000 milhões de euros de apoios de liquidez concedidos ao BES Angola. 

 

Esta terça-feira é a data-limite para a Rioforte, empresa do Grupo Espírito Santo, pagar 847 milhões de euros dos 900 milhões de euros de dívida que tem junto da Portugal Telecom. No entanto, em cima da mesa está a possibilidade da operadora liderada por Henrique Granadeiro acordar com a Rioforte o adiamento do reembolso desta dívida. Até ao momento, porém, não há qualquer informação oficial da PT, da Oi ou da Rioforte.  

 

Desde que foi conhecido, a 26 de Junho, que a Portugal Telecom tinha investido 897 milhões de euros em papel comercial da Rioforte, as acções da operadora já perderam 35,6%. Os títulos da Portugal Telecom estão esta terça-feira a perder 0,53% para 1,86 euros.  

 

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