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Acções da REN vendidas a 2,68 euros na OPV (act)
Os títulos da REN vão ser vendidos a 2,68 euros na oferta pública de venda e na venda a institucionais. Na oferta direccionada aos investidores de retalho “não foi colocada a totalidade das acções previstas”, pelo que, estas foram “realocadas na venda directa institucional”.
Terminou esta quinta-feira a oferta pública de venda dos 11% do Estado na REN. E, de acordo com a informação enviada à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CVMV), esta sexta-feira, 13 de Junho, as acções da empresa vão ser vendidas pela Parpública a 2,68 euros na oferta pública de venda (OPV). Para os trabalhadores, o preço dos títulos da empresa foi fixado em 2,546 euros e em "venda directa institucional foi fixado em 2,68 euros".
Acabou por ser assim o preço da venda aos institucionais a determinar o valor a que as acções da REN serão vendidas aos investidores. No prospecto da operação tinha sido definido que o preço de venda dos títulos seria o menor entre o preço da venda a institucionais e a cotação média das últimas cinco sessões até ao final da OPV, ponderada pelo volume negociado e acrescida de um prémio de 5%. Caso fosse esta última opção a determinar o preço de venda, os investidores teriam de pagar cerca de 2,88 euros pelos títulos.
O preço final da venda dos títulos foi fixado cerca de 7% abaixo e apenas ligeiramente abaixo da cotação de fecho das acções na quinta-feira, último dia do período de subscrição das acções. Ontem as acções fecharam nos 2,689 euros e esta sexta-feira sobem 0,93% para 2,714 euros.
Desta forma, quem subscreveu as acções na OPV está a comprar os títulos com um ligeiro desconto face à actual cotação em bolsa.
Estado encaixa 157 milhões
O Estado português vai assim vender a última parcela na REN a um preço inferior ao da primeira fase de privatização. Em 2007, quando as acções entraram para a bolsa, foram vendidas a 2,75 euros cada uma.
Há que ter em conta contudo que a empresa agora liderada por Rui Vilar dividendos com elevada rentabilidade todos os anos, pelo que os investidores que participaram na operação há sete anos, estão a lucrar com o investimento.
Tendo em conta o preço unitário de 2,68 euros, o Estado português vai encaixar 157 milhões de euros com a venda dos 11% que detém na empresa que gere a rede de energia em Portugal. Este valor será um pouco inferior, pois as acções aos trabalhadores foram vendidas com um desconto de 5% e não fio ainda divulgado quantas acções foram colocadas nesta tranche.
Fraca procura no retalho
No comunicado onde informa o preço de venda das acções, a REN dá conta da divisão da venda dos títulos entre retalho e institucionais, ganhando destaque o facto de a procura na oferta dirigida aos pequenos investidores não ter superado a oferta.
Para a OPV no retalho estavam destinadas 11.748.000 acções da REN (1,88% do capital), sendo que a procura ascendeu a apenas a 10.047.680 acções. Desta forma foram colocadas 48.692.320 acções (9,12% do capital) junto dos investidores institucionais, quando a oferta previa para esta tranche apenas 46.992.000 títulos. Este mecanismo de comunicação entre as duas tranches estava previsto, sendo normal neste tipo de operações.
Registou-se assim uma fraca procura pelos pequenos investidores numa oferta que esteve no mercado menos de duas semanas e durante um período marcado por vários feriados.
"Considerando que na venda directa institucional se verificou um excesso de procura e que na Oferta Pública de Venda não foi colocada a totalidade das acções previstas, as acções da REN não colocadas na Oferta Pública de Venda são realocadas para a venda directa institucional e aí alienadas", refere o comunicado enviado ao regulador.
A sessão especial de bolsa onde serão divulgados todos os resultados da oferta acontecerá na segunda-feira e a 17 de Junho as novas acções deverão ser admitidas à negociação.
(notícia actualizada às 8h50 com mais informação)