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Acções da Oi sobem mais de 17% em dois dias

Depois de ontem as acções terem disparado mais de 10%, os títulos da Oi regressam esta quarta-feira aos ganhos. Em dois dias as acções acumulam um ganho superior a 17%, a beneficiar do interesse já assumido na compra de mais de 67% do capital da rival Tim.

27 de Agosto de 2014 às 15:31
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As acções da Oi sobem 5,97% para 1,42 reais esta quarta-feira, 27 de Agosto. Já ontem os títulos tinham subido mais de 10,5%.

 

A contribuir para a subida das acções está o interesse da operadora brasileira na compra da posição detida pela Telecom Italia na brasileira Tim Participações. Um interesse que foi assumido na terça-feira à noite, já depois do fecho do mercado. Contudo, os rumores em torno de fusões e aquisições no sector correram ao longo do dia de ontem, elevando as acções da operadora liderada por Zeinal Bava.

 

A Oi revelou que o banco BTG Pactual vai actuar como comissário "para, agindo em seu próprio nome e por conta e ordem da Oi, desenvolver alternativas para viabilizar proposta para a aquisição da participação detida indirectamente pela Telecom Italia na TIM Participações", revela o comunicado emitido ontem pela operadora.

 

Esta decisão da Oi surge numa altura em que o mercado de telecomunicações do Brasil está a sofrer algumas transformações. A mais recente, e que tem feito correr muita tinta na imprensa, está relacionada com a venda por parte da Vivendi da operadora brasileira de banda larga GVT. A Telefónica já apresentou uma oferta, que deverá elevar para cerca de 8 mil milhões de euros, depois da Telecom Italia ter demonstrado interesse neste activo.

 

A Bloomberg realça que a Oi e a Telefónica têm trabalhado num plano para separar a Tim e dividir os activos entre os operadores que actuam no mercado brasileiro. A agência de informação americana realça que se a Telefónica conseguir comprar a GVT, a Telecom Italia poderá ser mais facilmente convencida a vender a Tim, uma vez que a italiana perde a possibilidade de se tornar um operador suficientemente forte para competir no mercado de internet, de acordo com o analista do Berenberg, Paul Marsch, citado pela agência.

 

Por outro lado, a Oi arrisca-se a tornar-se um alvo de compra se falhar a compra da Tim, adiantam os analistas da Macquarie, citados pela Bloomberg.

 

A Oi tem actualmente uma quota de 19% no mercado brasileiro, o que compara com os 29% detidos pela Telefónica, os 27% da Tim e os 25% da Claro.

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