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Acções da Mota-Engil voltam a descer mais de 4%
As palavras de António Mota, "chairman" da Mota-Engil, estão a provocar quedas significativas nas acções da empresa. Em causa está a entrada em bolsa a unidade de África ainda este ano.
As acções da Mota-Engil descem 4,49% para 3,98 euros, depois de ontem ter perdido 3,50%. A descida dos títulos da empresa está relacionada com o anúncio feito por António Mota, "chairman" da Mota-Engil. O responsável afirmou que a entrada em bolsa da unidade de África vai acontecer este ano, através das acções que serão distribuídas aos accionistas da casa-mãe, no âmbito do dividendo que foi distribuído no final do ano passado.
Assim, os accionistas da Mota-Engil que, em Janeiro, tinham acções da empresa ficaram com direitos que dão acesso a acções da Mota-Engil África, num total de 20% da empresa. E são estas acções que serão colocadas em bolsa ainda este ano, de acordo com António Mota. Até porque, de acordo com as regras determinadas no âmbito da oferta pública inicial, caso estas acções não fossem colocadas em bolsa, seria revertido o processo.
"Há um dividendo extraordinário que foi distribuído no final do ano passado, que distribui aos accionistas da Mota-Engil SGPS 20% do capital da Mota-Engil África. Esse dividendo estava condicionado à cotação numa bolsa europeia e esse processo vai acontecer ainda este ano. A Mota-Engil África ficará cotada numa bolsa europeia. Se há dispersão de capital este ano é que eu já não sei", resumiu António Mota esta terça-feira, 11 de Novembro.
Quanto à dispersão de capital, ou seja, à emissão de novas acções, António Mota admite que possa só ocorrer no próximo ano.
O IPO da Mota-Engil África foi suspenso pela empresa, devido à crise no BES. O anúncio de suspensão foi feito pela empresa a 11 de Julho, sendo que estava previsto que a cotada se estreasse em Londres a 16 do mesmo mês, contudo houve uma "deterioração das condições de mercado", provocada pela crise do BES. "Foi um azar do caraças!", descreveu o empresário, durante a conferência "Empresas na Caixa".