As acções da Galp Energia estão a cair 6,68% para 9,561 euros, tendo chegado a perder 7,60% para 9,466 euros. A queda dos títulos está a ser acompanhada por uma liquidez elevada, tendo já trocado de mãos mais de 1,4 milhões de acções, quando a média diária dos últimos seis meses é de 1,55 milhões.

A queda das acções esta terça-feira, 10 de Março, surge depois da petrolífera ter apresentado o plano com as estimativas para os próximos cinco anos, tendo revisto em baixa as estimativas de investimento. "No período 2015-2019, o investimento médio anual deverá situar-se entre 1,2 mil milhões de euros e 1,4 mil milhões de euros, ligeiramente abaixo dos1,3 mil milhões de euros a 1,5 mil milhões de euros previstos para 2015", revela a Galp.

A queda dos preços do petróleo deve ditar uma descida dos resultados operacionais da Galp Energia este ano, de acordo com as novas previsões. Já o EBITDA deverá aumentar mais de 20% por ano, o que fica aquém da meta anterior.

O petróleo deverá situar-se nos 55 dólares este ano e aumentar 5,0 dólares por ano até 2019, ano em que deverá situar-se nos 80 dólares por barril.

A margem de refinação deverá sofrer reduções nos próximos anos, passando de 3,0 dólares por barril este ano para 2,2 dólares em 2019.

E o crescimento anual médio (CAGR) da produção de petróleo e gás deverá situar-se entre 25% a 30% para o período entre 2014-2020, "uma taxa ímpar no sector", realça a petrolífera liderada por Ferreira de Oliveira.

A Galp admite estar a ser cautelosa devido à situação da Petrobras, em resultado das investigações sobre corrupção que estão a ser levadas a cabo no Brasil e que já levaram a que a petrolífera brasileira cortasse o investimento.