As praças asiáticas estão esta sexta-feira, 20 de Março, no verde. No mercado chinês, as acções estão hoje a subir pelo oitavo dia, colocando o índice de referência, de acordo com a Bloomberg, no nível mais elevado desde 2008. No Japão, o Nikkei encerrou a somar 0,43% e o Topix avançou 0,30%. Neste mercado, o segmento do retalho foi quem mais contribuiu para a evolução positiva dos índices, sendo que o Topix registou  a série mais longa de ganhos em dois anos.

"Com as acções a serem ‘overbought’ [alvo de compras excessivas] devido às compras domésticas dos fundos de pensões e do banco central, é difícil bater o mercado pela venda de acções" afirmou à Bloomberg Naoki Fujiwara, da nipónica Shinkin Asset Management.

Nas matérias-primas, a cotação do petróleo, tal como esta quinta-feira, continua a cair nos mercados internacionais. O West Texas Intermediate desce 0,64% para 43,68 dólares por barril e o Brent do Mar do Norte, que serve de referência para as importações nacionais, cede 0,09% para 54,38 dólares por barril. O "ouro negro" negoceia próximo de mínimos de seis anos e aproxima-se da quinta semana de quedas, pressionado pelos sinais de que o excesso de oferta mundial está a agravar-se.

No mercado cambial, o euro ganha ligeiramente terreno face ao dólar. A moeda europeia avança 0,08% para 1,0669 dólares.

A marcar o dia nos mercados está ainda a Grécia. No final de uma 'minicimeira' sobre a Grécia realizada esta quinta-feira, 19 de Março, em Bruxelas, à margem de um Conselho Europeu, Angela Merkel deu conta da reunião de cerca de três horas e meia que manteve com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, e outros líderes europeus, afirmando que o encontro teve lugar num espírito de "confiança mútua", tendo ficado bem claro que "nada mudou" relativamente ao compromisso alcançado no Eurogrupo de 20 de Fevereiro passado sobre o prolongamento da assistência à Grécia.

Alexis Tsipras, por sua vez, afirmou-se "mais optimista" depois da reunião sobre a Grécia que juntou esta noite, em Bruxelas, vários líderes europeus, afirmando que "todas as partes" se comprometeram a tudo fazer para ultrapassar o actual impasse.

O Governo terá de apresentar uma lista específica de reformas nos próximos dias, anunciaram nesta madrugada de sexta-feira os seus parceiros europeus, acrescentando que o Eurogrupo está disponível para se reunir assim que necessário.

Além disso, a captar a atenção dos investidores está ainda a Standard & Poor's (S&P) que agendou a revisão do "rating" de Portugal para sexta-feira. Actualmente, a S&P tem uma notação de "BB" para Portugal, que corresponde ao segundo nível de "lixo" - categoria em que o investimento na dívida portuguesa é considerado especulativo. Na última revisão, em Novembro de 2014, a agência manteve a perspectiva "estável" para o "rating" de Portugal.