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A semana em oito gráficos: Sessões mornas na Europa e emoção nos juros dos EUA

Esta semana ficou marcada por uma subida generalizada, mas pouco expressiva, das bolsas do Velho Continente. Por cá, o índice de referência não acompanhou a tendência nem a contrariou, uma vez que fechou inalterado no saldo semanal. No mercado obrigacionista, a subida dos juros da dívida a 10 anos dos EUA centrou as atenções de ambos os lados do Atlântico.

Stoxx 600 em alta pela quinta semana

Stoxx 600 em alta pela quinta semana
O índice de referência europeu Stoxx 600 registou a quinta semana consecutiva de subidas, ao somar 0,74% entre segunda e sexta-feira. Trata-se da mais longa série de ganhos desde Outubro de 2017, com 14 dos seus 19 sectores em alta. Por cotadas, 419 subiram e 158 recuaram no cômputo da semana. A sustentar estiveram os resultados trimestrais das empresas europeias, que na sua generalidade têm estado a revelar-se robustos.

PSI-20 inalterado na semana

PSI-20 inalterado na semana
O índice de referência nacional fechou a semana inalterado face à semana anterior, com os fortes ganhos da Pharol a serem ofuscados pelas perdas de cotadas como a EDP, F. Ramada e Corticeira Amorim. Isto numa semana em que duas cotadas do PSI-20 atingiram máximos históricos: a Altri e a Navigator.

Pharol dispara 21,31% em cinco sessões

Pharol dispara 21,31% em cinco sessões
A Pharol prosseguiu esta semana o ciclo de subidas iniciado na semana anterior, tendo escalado 21,31% no somatório das cinco sessões. Esta foi uma semana em que estiveram também em destaque os máximos históricos da Altri e da Navigator. Do lado contrário, a EDP foi a cotada que mais terreno perdeu, ao recuar 4,27% na semana.

Neste impulsiona valorização do Stoxx600

Neste impulsiona valorização do Stoxx600
A petrolífera finlandesa Neste Oyj – com esta denominação desde 2004, após a fusão da Neste com a Fortum Oil – foi a cotada que mais contribuiu para os ganhos semanais do índice de referência europeu Stoxx 600. A empresa anunciou esta semana que já reduziu em sete milhões de toneladas as emissões de gases com efeito de estufa ao vender mil milhões de galões de gasóleo proveniente de energia renovável, o que equivale a ter retirado das estradas, durante um ano, 1,6 milhões de veículos de passageiros. Já a cotada do Stoxx600 com pior desempenho foi a Steinhoff International, dona da Conforama, que afundou 25,20% na semana ainda a ser penalizada pelo facto de ter assumido que os seus lucros e activos foram sobrevalorizados durante vários anos.

Chipotle anima S&P 500 e Freeport-McMoRan pressiona

Chipotle anima S&P 500 e Freeport-McMoRan pressiona
A norte-americana Chipotle Mexican Grill, especializada em tacos e burritos, registou a melhor performance do índice Standard & Poor’s 500 esta semana, ao subir 28,73%. Depois de três anos de queda das receitas, os investidores estão optimistas com o futuro da Chipotle sob as rédeas do novo CEO, Brian Niccol. Do lado oposto, a mineira Freeport-McMoRan – que trabalha sobretudo cobre e ouro – foi a cotada que mais penalizou o índice de Wall Street, ao afundar 20,51% numa semana em que grande parte dos metais cedeu terreno devido à diminuição das tensões comerciais e geopolíticas que imperavam.

Dólar valoriza face ao euro e à libra

Dólar valoriza face ao euro e à libra
A moeda norte-americana apreciou-se face às suas principais congéneres no cômputo semanal, nomeadamente contra o euro e a libra esterlina. A sustentar a nota verde esteve sobretudo a subida dos juros da dívida soberana dos EUA no vencimento a 10 anos, que chegaram a superar os 3% durante duas sessões. Além disso, o panorama de subida de juros por parte da Reserva Federal norte-americana, enquanto outros bancos centrais estão a demorar na retirada de estímulos à economia, também impulsionou a divida dos Estados Unidos.

Petróleo avança com receios em torno do Irão

Petróleo avança com receios em torno do Irão
Os preços do crude subiram em Londres, apesar da valorização do dólar – que torna menos atractivos os investimentos em activos denominados nesta moeda, como é o caso do petróleo. A sustentar estiveram os receios em torno de Teerão, com os investidores a avaliarem o impacto da possível saída dos Estados Unidos do acordo nuclear com o Irão e de eventuais sanções da Casa Branca contra este país – que é um dos maiores produtores da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP). Nos EUA, o crude de referência (West Texas Intermediate) caiu perto de 0,7% na semana, muito à conta do aumento das reservas norte-americanas desta matéria-prima. Contudo, em Londres, o Brent do Mar do Norte ganhou 0,74% no saldo das cinco sessões, a estabelecer a quinta semana consecutiva de subidas.

Juros das obrigações nos EUA flirtam com os 3%

Juros das obrigações nos EUA flirtam com os 3%
A taxa de rendibilidade das obrigações soberanas dos Estados Unidos a 10 anos superou os 3% [pela primeira vez desde Janeiro de 2014] na segunda e terça-feira, mas depois voltou a quebrar essa fasquia e assim prosseguiu, mas continua a "flirtar" com esse patamar. No entanto, no cômputo semanal, os juros somaram 0,03%, encerrando na sexta-feira a marcarem 2,9605% do outro lado do Atlântico. Por cá, as “yields” das obrigações 10 anos [que é o vencimento de referência] avançaram 0,2 pontos base para 1,657%.
28 de Abril de 2018 às 09:30
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A bolsa nacional ficou inalterada esta semana, face às cinco sessões precedentes. A cotada com melhor performance do PSI-20 foi a Pharol, a somar 21,31% no conjunto dos cinco dias, ao passo que a EDP foi o título que mais terreno perdeu, ao recuar 4,27% na semana – com a maior queda a registar-se na sexta-feira, dia em que entrou em ex-dividendo.

 

As restantes bolsas europeias negociaram generalizadamente em alta, apesar de as subidas não terem chegado a 1% s – com excepção da praça londrina, onde o FTSE avançou 1,87%. A sustentar estiveram sobretudo os bons resultados do primeiro trimestre que têm vindo a ser revelados pelas cotadas do Velho Continente.

 

A cotada europeia que mais se destacou pelo lado positivo foi a finlandesa Neste Oyj, ao passo que a Steinhoff International, dona da Conforama, foi a que mais pressionou [a empresa, apesar de ser sul-africana está também cotada na Europa, mais concretamente no mercado alemão].

 

Nos EUA, os principais índices tiveram uma semana morna, com subidas e descidas pouco acentuadas.

 

No mercado cambial, destaque para a solidez do dólar face às principais congéneres, à conta da perspectiva de subida da taxa de juro de referência pela Fed e do aumento das "yields" da dívida soberana dos EUA a 10 anos.

 

Nas matérias-primas, o petróleo ganhou terreno em Londres, mas nos EUA cedeu devido sobretudo ao aumento das reservas norte-americanas.

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