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Nasdaq atinge máximo acima dos 8 mil pontos em dia de acordo comercial com o México
As construtoras automóveis lideraram os ganhos em Wall Street, num dia em que voltaram a aliviar as preocupações dos investidores com a guerra comercial.
As bolsas norte-americanas arrancaram a semana com o pé direito, tendo dois dos principais índices accionistas atingido novos máximos históricos.
O S&P500 avançou 0,77% para 2.896,74 pontos, fixando um novo máximo histórico ao longo da sessão. O Nasdaq também atingiu um recorde, negociando pela primeira vez na história acima dos 8 mil pontos. O índice tecnológico fechou a sessão a ganhar 0,91%. Quanto ao Dow Jones valorizou 1,01% para 26.049,64 pontos.
As acções foram animadas pelo acordo comercial firmado entre os EUA e o México, que acaba com o NAFTA mas abre a porta ao Canadá.
O dia foi positivo na generalidade dos mercados accionistas globais, com o índice MSCI World a subir perto de 1% para máximos de cinco meses.
"É um grande dia para o comércio", afirmou Donald Trump, num comunicado enviado pela Casa Branca, depois de ter assinado o acordo de comércio livre, já depois da abertura da sessão em Wall Street.
As fabricantes de automóveis foram as principais beneficiadas com este acordo. As acções da Ford avançaram 3,2% e a General Motors ganhou 4,87%. As cotadas do sector financeiro e industrial também impulsionaram os índices, com o Goldman Sachs a ganhar 3,19% e a Caterpillar a avançar 2,77%.
A ajudar ao optimismo dos investidores sobre a evolução da guerra comercial, responsáveis da União Europeia deram conta que Washington está a pressionar os europeus para acelerar as negociações sobre as tarifas comerciais.
No lado das quedas destacou-se a tesla, com uma queda de 1,1%, depois do CEO Elon Musk ter anunciado que deixou cair os planos para retirar a fabricante de automóveis eléctricos de bolsa.
A Tiffany & Co cedeu 1,27% com os investidores a anteciparem que fabricante de artigos de luxo vai anuncia resultados fracos esta terça-feira.
A animar os mercados está ainda o discurso de Jerome Powell na sua estreia enquanto presidente da Fed no simpósio de Jackson Hole. O responsável defendeu a subida gradual das taxas de juro na maior economia do mundo, numa altura em que os Estados Unidos continuam a crescer a bom ritmo.