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IMF – Norges Bank voltou a subir taxas

Banco Central norueguês subiu taxas; PIB da Zona Euro revisto em baixa; Crude em torno dos $90; Ouro regressou às perdas

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| Norges Bank sobe taxas para máximos de uma década

O banco central da Noruega, Norges Bank, subiu a sua taxa de juro de referência para o nível mais elevado em uma década, realizando um incremento de 50 pontos base, elevando-a para 1,755. Para além disto, sinalizou um ritmo de aumentos futuros mais rápido do que o anteriormente planeado, numa tentativa de abrandar a inflação crescente. A medida indica uma urgência crescente em travar o crescimento dos preços noruegueses que está a um nível elevado de 34 anos. Noutros locais da região, especula-se que a vizinha Suécia irá aumentar os custos de empréstimo em 75 pontos base no próximo mês - espelhando o mais recente movimento da Fed. O vizinho atlântico da Noruega, a Islândia, com a política mais agressiva da Europa Ocidental, deverá também aumentar a sua taxa de juro de referência pela mesma margem para 5,5% na próxima semana, de acordo com um inquérito aos participantes no mercado.

A nível técnico, o Eur/Nok apresenta uma clara tendência de queda desde o segundo trimestre. Recentemente, o par quebrou em baixa o importante nível das 10 coroas, sendo agora esperada uma descida até ao próximo suporte, em torno das 9,5 coroas.

| PIB da Zona Euro revisto em baixa, euro recuou

O crescimento económico da Zona Euro foi ligeiramente inferior ao esperado no segundo trimestre, mas ainda considerado "forte", tendo o PIB se fixado nos 3,9%, face ao período homólogo, quando os investidores esperavam um crescimento de 4%. Adicionalmente, em cadeia, o PIB cresceu 0,6%, face aos 0,7% estimados pelos analistas. Após a divulgação em questão, os economistas acreditam que este trimestre possa ter sido o último com um crescimento forte, antes que o efeito da elevada inflação e dos bloqueios das cadeias de abastecimento levem ao abrandamento do crescimento económico nos 19 países de moeda única. Já nos EUA, as minutas da última reunião da Fed, reveladas ontem, mostraram que os membros viram poucas evidências de que as pressões inflacionistas dos EUA estavam a diminuir, e tentaram forçar a economia a abrandar para controlar um aumento contínuo dos preços.

A nível técnico, não existem grandes novidades a reportar. O par voltou a testar a importante zona dos $1,0350. No entanto, não obteve sucesso e acabou por corrigir. Como tal, o par dá continuação ao movimento de consolidação que tem vindo a descrever nos últimos meses, ligeiramente acima da paridade e espera-se que assim se mantenha para o curto-prazo. Já para o longo prazo, o par apresenta uma perspetiva um pouco mais bearish, que poderá resultar numa eventual quebra à paridade.

| Petróleo permanece próximo dos $90

Os preços do petróleo registaram uma variação positiva ao longo da semana, tendo o barril de crude recuperado novamente para níveis ligeiramente dos $90, após a queda apresentada no início da semana. Assim, o petróleo termina a semana em recuperação, enquanto as preocupações sobre um abrandamento global económico aumentam, juntamente com a pressão inflacionária emitida pela divulgação das taxas do mês de julho. Adicionalmente, os inventários de crude dos EUA caíram acentuadamente enquanto, na semana passada, a nação exportou um número recorde de 5 milhões de barris por dia, enquanto a procura europeia substitui o petróleo russo pelo americano. Por fim, é de mencionar que um dólar forte tornou o ouro negro mais caro para os utilizadores de outras moedas e que o secretário-geral da OPEP anunciou ter intenções de manter boas relações com a Rússia, tentando-a manter dentro do grupo das OPEC+.

A nível técnico, o crude apresentou uma semana de recuperação, tendo a matéria recuado no início da semana e retornado a se situar próxima do limite superior do canal de tendência descendente (vermelho), do qual vem a transacionar desde junho, no final da mesma. Estando ligeiramente acima dos $90, espera-se que o desafio de curto prazo continue a ser de quebrar a linha superior do canal onde se encontrou, apesar desta se ter apresentado como uma resistência ao longo do tempo. No longo prazo espera-se que continue a tendência descendente do preço da matéria.

| Ouro regressou às perdas

O ouro registou a sua primeira perda semanal após quatro semanas de ganhos consecutivos, tendo corrigido parcialmente os movimentos registados nas semanas anteriores. Tendo recuado durante 5 dias consecutivos, esta foi considerada a maior sequência de perdas diárias deste novembro do ano passado. Tal diminuição deve-se principalmente ao fortalecimento do dólar e às perspetivas sobre uma subida das taxas de juro dos EUA por parte da Fed, no horizonte. Sendo que o dólar e o ouro competem como ativos de refúgio, neste caso, as perspetivas de uma subida de taxas por parte da Fed transmite a força necessária ao dólar para provocar esta diminuição na cotação do metal precioso em questão. É necessário relembrar que o ouro é extremamente sensível à subida das taxas de juro dos EUA, enquanto estes aumentam o custo de oportunidade de manter lingotes sem rendimento.

Na semana passada, o preço do ouro recuou significativamente, permanecendo, no entanto, acima do canal de tendência descendente (vermelho), entre o qual transacionou desde o início do ano. Assim, o metal falhou na quebra da resistência do nível dos $1800 por onça, tendo corrigido os seus movimentos em baixa ao longo da semana, terminando-a em torno dos $1750. Espera-se que o nível em questão possa surgir como um suporte, levando a que o metal precioso possa retomar a sua acumulação de ganhos.


As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.

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