Notícia
IMF – Inflação do Reino Unido acima do esperado
Inflação do Reino Unido acima do esperado; Minutas FED: Políticas de Trump criam preocupações sobre a inflação; Petróleo com semana volátil; Ouro renovou máximos históricos.
| Inflação do Reino Unido acima do esperado
A inflação homóloga britânica acelerou mais do que o esperado em janeiro, atingindo um máximo de 10 meses de 3.0%, acima dos 2.8% esperados e dos 2.5% de dezembro. Em cadeia, a inflação caiu 0.1%. O Instituto Nacional de Estatísticas Britânico (ONS) afirmou que a leitura de janeiro foi impulsionada, em grande parte, por uma queda menor do que o habitual das tarifas aéreas - uma componente volátil que fez baixar a inflação em dezembro - e por um aumento dos preços dos combustíveis. A inflação homóloga dos serviços, observada de perto pelo BoE, subiu de 4.4% em dezembro para 5.0% em janeiro, mas abaixo dos 5.2% esperados pelo mercado e pelo Banco Central. A inflação subjacente, que exclui os preços da energia e dos alimentos, subiu para 3.7% y/y, face aos 3.2% de dezembro. A libra tem vindo a beneficiar da perspetiva de manutenção das taxas de juro por mais tempo, o que contrasta com os cortes sucessivos que se esperam do BCE.
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| Minutas FED: Políticas de Trump criam preocupações sobre a inflação
De acordo com as minutas da última reunião da FED, as propostas iniciais de políticas do Presidente Donald Trump suscitaram preocupações acerca da subida da inflação, com empresas a reportarem que, em geral, esperavam aumentar os preços para repercutir o custo das tarifas para os consumidores. Na reunião, os membros da FED "apontaram para os riscos de subida das perspetivas de inflação", em vez de riscos para o mercado de trabalho. Apesar de continuarem a acreditar que as pressões sobre os preços irão abrandar nos próximos meses, "outros fatores foram citados como tendo o potencial de dificultar o processo de desinflação". Numa outra nota, recentemente, Raphael Bostic, membro da FED, afirmou que o Banco Central ainda deve ser capaz de baixar as taxas de juros em meio ponto percentual este ano, embora permaneça uma grande incerteza sobre o impacto das políticas comerciais e de imigração do presidente Donald Trump. Bostic acrescentou não acreditar que os EUA estejam perante uma nova onde de inflação, embora tenha acrescentado que existe uma "apreensão generalizada" entre as empresas quanto à forma como as novas tarifas, as regras de imigração e as alterações à regulamentação irão afetar as perspetivas económicas futuras.
O Eur/Usd iniciou a última semana a corrigir, após falhar o teste à resistência dos $1.0500, ao ponto de retornar a cotar perto de $1.0400. No entanto, no final da semana o par recuperou terreno novamente, encerrando a mesma a voltar a testar a resistência supramencionada. O próximo suporte do Eur/Usd poderá estar presente no nível dos $1.0280. O indicador MACD encurtou, mas manteve aberto o seu sinal de venda do par.
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| Petróleo com semana volátil
O petróleo começou a última semana a ganhar terreno, suportado pelas preocupações sobre interrupções no fornecimento na Rússia e nos EUA, enquanto o mercado aguarda por uma maior clareza sobre as sanções, à medida que Washington tenta alcançar um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia. No entanto, na sexta-feira o preço do petróleo caiu devido ao facto de a administração Trump estar a pressionar o Iraque para que permita o reinício das exportações de petróleo ou enfrente sanções juntamente com o Irão.
O preço do petróleo iniciou a semana a renovar mínimos de 27 de dezembro nos $70.12/barril, tendo, no entanto, posteriormente valorizado ao ponto de se aproximar novamente do nível dos $72.5/barril. No entanto, na sexta-feira, o petróleo apresentou uma queda significativa, que ficou perto de anular por completo os ganhos registados durante o resto da semana.
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| Ouro renovou máximos históricos
O ouro apresentou a oitava semana consecutiva de valorização, beneficiando novamente do seu estatuto de ativo de refúgio, devido às preocupações sobre os planos de tarifas do presidente dos EUA, sobre o crescimento económico global e temas geopolíticos em geral.
O preço do ouro deu continuidade à tendência ascendente e voltou a renovar máximos históricos, agora a $2954.69/onça. Muitos analistas de mercado consideram provável que o preço do ouro possa alcançar os $3000/onça num futuro próximo. O metal precioso tem o próximo suporte no nível dos $2725/onça.
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