Notícia
IMF – FED em pausa enquanto BCE subiu 25 pontos base
BoJ decidiu manter política monetária expansionista; FED em pausa enquanto BCE subiu 25 pontos base; Petróleo em torno dos $70; Ouro com suporte nos $1940
19 de Junho de 2023 às 14:00
| BoJ decidiu manter política monetária expansionista
O Banco Central do Japão (BoJ) decidiu manter as suas taxas de juro inalteradas, nos -0.1%, de acordo com o esperado, mantendo a sua política monetária expansionista. Esta decisão foi tomada mesmo com a divulgação de que a inflação japonesa se encontra acima do esperado. Assim, a instituição sinalizou que pretende continuar a ser um dos poucos bancos centrais com taxas expansionistas, enquanto se foca em apoiar a recuperação económica frágil da economia japonesa. O Governador do BoJ, Kazuo Ueda, indicou esperar que a inflação suba enquanto a atividade económica fortalece e o mercado laboral fica mais "apertado", havendo, no entanto, uma elevada incerteza quando ao crescimento dos salários no próximo ano. Até lá, os membros do comité têm de aguardar "pacientemente" até haver certezas se haverá uma tendência mais forte de preços impulsionada pela procura ou não. O BoJ também manteve inalterada a sua política que impõe o teto de 0% nos rendimentos das suas obrigações a 10 anos. Numa nota positiva, as exportações de maio do japão subiram 0.6%, face ao período homólogo, inesperadamente no mês de maio, quando era esperada uma queda de 0.8%. Enquanto isso as importações recuaram 9.9%, face ao período homólogo. Na globalidade da semana, o Iene perdeu terreno, levando a que o Eur/Jpy renovasse sucessivamente os seus máximos de 2008.
Na última semana, o Eur/Jpy apresentou uma tendência de alta, tendo quebrado a resistência dos 150 ienes e ressaltado ao ponto de renovar máximos de 2008 perto dos 155 ienes. O par está vulnerável a correções devido à magnitude e velocidade dos movimentos desta semana, mas, em rigor, ainda não há evidência técnica nesse sentido.
| FED em pausa enquanto BCE subiu 25 pontos base
A FED decidiu manter a taxa de juro de referência inalterada no intervalo entre os 5% e os 5.25%, num esforço para balancear os riscos de uma recessão na economia dos EUA com a luta pelo controlo da inflação. No seu comunicado, a FED indicou que decidiu manter a taxa de referência estável, para permitir que o Comité de Política Monetária tenha acesso a mais informação e às suas consequentes implicações da pausa para a sua política. No entanto, a FED sinalizou, nas suas previsões, mais duas subidas de 25 pontos base ainda até ao final do ano. Na conferência de imprensa após a reunião, o Presidente da FED, Jerome Powell, adicionou que já foi "coberto muito terreno" ao longo do último ano e que a economia dos EUA ainda não sentiu na totalidade o efeito desse aperto monetário. Do outro lado do atlântico, o BCE subiu as taxas de referência em 25 pontos base, de acordo com o esperado, levando a sua taxa de depósitos para os 3.50%. Assim, com a 8ª subida consecutiva, as taxas de referência atingiram máximos de 22 anos. O comunicado da instituição indicou que o BCE espera que a inflação média se situe nos 5.4% em 2023, 3% em 2024 e 2.2% em 2025. Os membros do BCE reviram em alta as projeções para a inflação subjacente este ano. Na sua conferência de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou que as decisões das reuniões futuras estarão dependentes da inflação e dos dados divulgados até lá, mas deixou claro que não pretende realizar uma "pausa" no seu ciclo de subida, deixando quase como certo mais um incremento de 25 pontos base na reunião de julho.
Na semana passada, o Eur/Usd apresentou uma tendência bullish, superando o nível dos $1.0950, ao ponto de renovar máximos do último mês. O par está se a aproximar da sua antiga resistência presente nos $1.1000, podendo vir a realizar um teste à mesma em breve.
| Petróleo em torno dos $70
Os preços do petróleo recuaram no início da semana, após a OPEP+ ter anunciado cortes na sua oferta. No entanto, no final da mesma, a cotação foi contrabalançada pelas expectativas de um enfraquecimento da economia global com a criação de perspetivas sobre subidas futuras nas taxas de juros.
O petróleo apresentou um saldo semanal praticamente neutro, tendo iniciado a semana com perdas até aos $67 e recuperado posteriormente, ficando a transacionar em torno dos $70. Espera-se que este nível possa servir de suporte para a matéria-prima.
| Ouro com suporte nos $1940
O ouro teve uma semana volátil, mas sem grande direção. No princípio da semana, as perspetivas de subidas futuras por parte da Reserva Federal dos EUA pressionaram o preço do ouro em baixa. No entanto, nos últimos dias da semana, o ouro encontrou apoio no facto de índice do dólar se ter aproximado de mínimos de um mês, tornando o ouro "menos caro" para os compradores estrangeiros
Espera-se que o ouro continue a transacionar entre o suporte nos $1940 e a resistência dos $2000/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O Banco Central do Japão (BoJ) decidiu manter as suas taxas de juro inalteradas, nos -0.1%, de acordo com o esperado, mantendo a sua política monetária expansionista. Esta decisão foi tomada mesmo com a divulgação de que a inflação japonesa se encontra acima do esperado. Assim, a instituição sinalizou que pretende continuar a ser um dos poucos bancos centrais com taxas expansionistas, enquanto se foca em apoiar a recuperação económica frágil da economia japonesa. O Governador do BoJ, Kazuo Ueda, indicou esperar que a inflação suba enquanto a atividade económica fortalece e o mercado laboral fica mais "apertado", havendo, no entanto, uma elevada incerteza quando ao crescimento dos salários no próximo ano. Até lá, os membros do comité têm de aguardar "pacientemente" até haver certezas se haverá uma tendência mais forte de preços impulsionada pela procura ou não. O BoJ também manteve inalterada a sua política que impõe o teto de 0% nos rendimentos das suas obrigações a 10 anos. Numa nota positiva, as exportações de maio do japão subiram 0.6%, face ao período homólogo, inesperadamente no mês de maio, quando era esperada uma queda de 0.8%. Enquanto isso as importações recuaram 9.9%, face ao período homólogo. Na globalidade da semana, o Iene perdeu terreno, levando a que o Eur/Jpy renovasse sucessivamente os seus máximos de 2008.
| FED em pausa enquanto BCE subiu 25 pontos base
A FED decidiu manter a taxa de juro de referência inalterada no intervalo entre os 5% e os 5.25%, num esforço para balancear os riscos de uma recessão na economia dos EUA com a luta pelo controlo da inflação. No seu comunicado, a FED indicou que decidiu manter a taxa de referência estável, para permitir que o Comité de Política Monetária tenha acesso a mais informação e às suas consequentes implicações da pausa para a sua política. No entanto, a FED sinalizou, nas suas previsões, mais duas subidas de 25 pontos base ainda até ao final do ano. Na conferência de imprensa após a reunião, o Presidente da FED, Jerome Powell, adicionou que já foi "coberto muito terreno" ao longo do último ano e que a economia dos EUA ainda não sentiu na totalidade o efeito desse aperto monetário. Do outro lado do atlântico, o BCE subiu as taxas de referência em 25 pontos base, de acordo com o esperado, levando a sua taxa de depósitos para os 3.50%. Assim, com a 8ª subida consecutiva, as taxas de referência atingiram máximos de 22 anos. O comunicado da instituição indicou que o BCE espera que a inflação média se situe nos 5.4% em 2023, 3% em 2024 e 2.2% em 2025. Os membros do BCE reviram em alta as projeções para a inflação subjacente este ano. Na sua conferência de imprensa, a presidente do BCE, Christine Lagarde, indicou que as decisões das reuniões futuras estarão dependentes da inflação e dos dados divulgados até lá, mas deixou claro que não pretende realizar uma "pausa" no seu ciclo de subida, deixando quase como certo mais um incremento de 25 pontos base na reunião de julho.
Na semana passada, o Eur/Usd apresentou uma tendência bullish, superando o nível dos $1.0950, ao ponto de renovar máximos do último mês. O par está se a aproximar da sua antiga resistência presente nos $1.1000, podendo vir a realizar um teste à mesma em breve.
| Petróleo em torno dos $70
Os preços do petróleo recuaram no início da semana, após a OPEP+ ter anunciado cortes na sua oferta. No entanto, no final da mesma, a cotação foi contrabalançada pelas expectativas de um enfraquecimento da economia global com a criação de perspetivas sobre subidas futuras nas taxas de juros.
O petróleo apresentou um saldo semanal praticamente neutro, tendo iniciado a semana com perdas até aos $67 e recuperado posteriormente, ficando a transacionar em torno dos $70. Espera-se que este nível possa servir de suporte para a matéria-prima.
| Ouro com suporte nos $1940
O ouro teve uma semana volátil, mas sem grande direção. No princípio da semana, as perspetivas de subidas futuras por parte da Reserva Federal dos EUA pressionaram o preço do ouro em baixa. No entanto, nos últimos dias da semana, o ouro encontrou apoio no facto de índice do dólar se ter aproximado de mínimos de um mês, tornando o ouro "menos caro" para os compradores estrangeiros
Espera-se que o ouro continue a transacionar entre o suporte nos $1940 e a resistência dos $2000/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.