Notícia
IMF – Eur/Usd encerrou em alta pela segunda semana consecutiva
Libra ascendeu a máximos de 2020; Eur/Usd encerrou em alta pela segunda semana consecutiva; Crise energética continua a suportar preços do petróleo; Desvalorização do dólar e preços da energia ajudam o ouro
| Libra ascendeu a máximos de 2020
Apesar de ter perdido algum terreno na sexta-feira, a libra esterlina registou sólidos ganhos na última semana, com o par Eur/Gbp a quebrar o suporte das £0,85 pela primeira vez desde fevereiro de 2020. De acordo com uma sondagem conduzida pela Reuters, uma proporção recorde do público britânico acredita que a inflação irá acelerar nos próximos 12 meses, o que poderá aumentar ainda mais as expetativas de que o Banco de Inglaterra irá subir as taxas de juro na reunião do próximo mês. De forma semelhante, outra sondagem, esta conduzida pela GfK, revelou que 48% dos inquiridos esperam que os preços subam mais rapidamente nos próximos 12 meses, contra os 34% em setembro.
| Eur/Usd encerrou em alta pela segunda semana consecutiva
O Eur/Usd registou mais uma semana de ganhos, como resultado de uma melhoria do sentimento dos mercados, que retiraram alguma atratividade à divisa norte-americana, que atua como um dos principais ativos de refúgio. No final da semana, as notícias de que a gigante do imobiliário chinês, Evergrande, evitou entrar em incumprimento ao realizar um pagamento de "última hora" de $83,5 milhões aos seus credores causou algum otimismo. Não obstante, apesar de o saldo semanal ter sido positivo, os ganhos são ligeiros e o dólar continua a apresentar uma tendência mais bullish para o médio/longo prazo. A temática da pandemia continua a gerar mais receios em algumas geografias, com o aparecimento de subestirpes da variante "Delta", assim como a intensa discussão sobre a duração dos níveis de inflação. Voltando a atenção para território europeu, o crescimento da atividade empresarial da Zona Euro terá abrandado este mês, à medida que as empresas enfrentam custos cada vez mais elevados de produtos, como consequência dos constrangimentos das cadeias de fornecimento. O PMI Compósito (indústria + serviços) preliminar da IHS Markit caiu de 56,2 pontos em outubro para 54,3 este mês, sendo nível mais baixo em meio ano.
A nível técnico, com os ganhos da última semana, o Eur/Usd dissipou a perspetiva bearish que vinha a apresentar desde meados de setembro, quebrando em alta a resistência dos $1,16. O MACD inverteu o sinal de venda, o que reforça esta perspetiva. É esperado que o par continue a recuperar, podendo realizar um teste aos $1,17 no curto-prazo. Ainda assim, para o longo-prazo, a tendência continua a ser de queda, à medida que o par transaciona dentro do canal de tendência descendente (vermelho tracejado).
| Crise energética continua a suportar preços do petróleo
Após sete semanas consecutivas de ganhos, os preços do petróleo apresentaram uma semana com uma variação praticamente nula. Ainda assim, os preços do crude voltaram a renovar máximos de 2014 a meio da semana. O petróleo continua a transacionar em preços altos, sustentados ainda pela crise energética global. A procura da matéria-prima segue forte, numa altura em que a Rússia também decidiu não aumentar as exportações de gás natural. Destaque ainda para os dados do Governo norte-americano, que mostraram que os inventários de petróleo dos EUA caíram em 431 mil barris na última semana. Esta queda foi surpreendente, uma vez que os analistas esperavam uma subida dos barris armazenados.
Tecnicamente, mesmo com a consolidação desta semana, o crude continua a apresentar uma perspetiva bullish, tendo ressaltado no suporte dos $70/barril em meados de setembro e transacionando dentro do canal de tendência ascendente desde então. Os indicadores técnicos, nomeadamente o MACD, apoiam esta perspetiva, sendo esperado que o petróleo consolide em torno dos $80/barril no curto-prazo.
| Desvalorização do dólar e preços da energia continuam a impulsionar o ouro
Pela terceira semana consecutiva, os preços do ouro registaram uma variação positiva, valorizando mais de 1%. Os preços da matéria-prima foram impulsionados sobretudo pela depreciação do dólar norte-americano, assim como os receios com o aumento da inflação, que levam os investidores a apostarem em ativos seguros, como é o caso do ouro. O aumento dos preços da energia e a escassez de matérias-primas tem também beneficiado a cotação do ouro. Por último, as expectativas de uma remoção gradual dos estímulos monetários da economia norte-americana também contribuem para a robustez do ouro.
Tecnicamente, com os ganhos das últimas semanas, o ouro inverteu a perspetiva bearish que vinha a apresentar desde inícios de setembro, acompanhando a linha de tendência ascendente (vermelho tracejado. Os indicadores técnicos suportam uma perspetiva mais bullish, podendo indicar uma consolidação acima dos $1800 no curto-prazo.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.