| Economia do Reino Unido estagnou em julho

A economia do Reino Unido estagnou pelo segundo mês consecutivo em julho, devido principalmente a uma queda de 1.2% na produção industrial, com um crescimento modesto do setor dos serviços (0.1%) a ser insuficiente para compensar as perdas na indústria e na construção. Os números não deverão influenciar as expectativas de que o Banco de Inglaterra irá cortar as taxas de juro mais uma vez este ano, provavelmente em novembro e não já a 19 de setembro. Numa outra nota, os dados do emprego indicam que o país registou um aumento de 265 mil postos de trabalho entre maio e julho, superando as previsões de +123 mil. Por sua vez, a taxa de desemprego diminuiu ligeiramente para 4,1% em julho, o valor mais baixo desde janeiro de 2024. O crescimento dos salários, de maio a julho, abrandou para o nível mais baixo em mais de dois anos, com o salário semanal médio (excluindo bónus) a aumentar 5,1% em termos anuais.

Depois de na semana anterior o Eur/Gbp ter renovado mínimos de mais de um mês ligeiramente abaixo do suporte das £0,84, o par tem vindo a subir e, consequentemente, a afastar-se de forma gradual de tal suporte. O Eur/Gbp fechou a semana perto das £0,8440, abaixo da média móvel de 200 dias, que ronda as £0,8530.

| BCE cortou taxas em 25 pontos base

O BCE cortou as taxas de referência em 25 pontos base, como era amplamente esperado, dando continuidade ao ciclo iniciado em junho e que parece ser influenciado quer pela trajetória da inflação, quer pelos sinais de desaceleração económica global. Christine Lagarde citou a descida da inflação ao encontro do que o BCE tem previsto, ainda que destacando a evolução em alta dos salários e que as leituras de inflação deverão subir no final do ano devido a efeitos de base – um pormenor importante. Tendo em conta o comunicado do BCE e as palavras de Lagarde, o mais provável é que o BCE corte taxas mais uma vez este ano - em dezembro quando o BCE apresentar as novas projeções económicas. O mercado espera agora que o BCE corte pelo menos mais uma vez este ano, provavelmente em 12 de dezembro, mas atribui uma probabilidade de 33% de um corte já em 17 de outubro.

Numa outra nota, a inflação homóloga dos EUA abrandou pelo quinto mês consecutivo em agosto e situou-se nos 2,5%, o valor mais baixo registado desde fevereiro de 2021 e também inferior aos 2,9% de julho e às previsões do mercado de 2,6%.

O Eur/Usd perdeu terreno nas primeiras sessões da semana, tendo quebrado o suporte presente no nível dos $1,1040 onde, mais tarde, renovou mínimos quase 4 semanas perto de $1,10. No entanto, nas sessões seguintes o par recuperou, tendo ultrapassado o suporte supramencionado e, mais tarde, por breves momentos, a resistência presente no nível dos $1.1100. O indicador MACD continua com o sinal de venda do par aberto.

| Petróleo renovou mínimos de maio de 2023

Apesar de uma queda no início da semana devido ao enfraquecimento da procura por parte da China e ao aumento de produção da OPEP, o preço de petróleo acabou por recuperar durante a semana, suportado pela passagem do furacão Francine no Golfo do México.

No início da semana, o petróleo prolongou as quedas, tendo inclusivamente renovado mínimos de maio de 2023 ao cotar a $65,27. Nas sessões seguintes, a matéria-prima recuperou terreno por três sessões consecutivas e fechou a semana novamente perto de $70/barril.

| Ouro atingiu novos máximos históricos

Os preços do ouro voltaram a atingir novos máximos históricos, à medida que aumentam as expectativas de cortes nas taxas de juro por parte da Reserva Federal dos Estados Unidos. Atualmente, é atribuída uma probabilidade de cerca de 45% para um corte de 50 pontos base na reunião agendada para a próxima semana.

O ouro valorizou ao longo da última semana tendo atingido novos máximos históricos pelos $2583/onça. O metal precioso conta com um suporte robusto no nível dos $2470/onça.

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