Notícia
IMF – Banco central da Turquia desce taxas abaixo dos 20%
Banco central da Turquia corte taxas de juro de 24% para 19.75%; Eur/Usd alcançou mínimos de dois anos pressionado por minutas do BCE; Preços do petróleo encerraram a semana com pouca variação; Ouro lateraliza após falar o testar aos $1430.
29 de Julho de 2019 às 12:57
Banco central da Turquia corte taxas de juro de 24% para 19.75%
O banco central da Turquia desceu abruptamente a sua taxa de juros em 425 pontos base para 19.75%. Este foi o primeiro passo de uma postura de emergência adotada para estimular uma economia em recessão e afastando-se da abordagem verificada durante a crise cambial do ano passado. A taxa de juro seguia nos 24% desde setembro, quando um colapso da lira turca levou a inflação para máximos de 15 anos, acima dos 25%. Desde então a inflação caiu abaixo dos 16%, abrindo portas à primeira flexibilização nos últimos quatros anos e meio.
Tecnicamente, o Eur/Try segue com uma perspetiva bearish no longo e no curto-prazo, mas encontrou suporte na média móvel de 200 dias (6.27 liras). Caso este nível seja quebrado, o par deverá testar níveis próximos das 5.9 liras em breve.
Eur/Usd alcançou mínimos de dois anos pressionado por minutas do BCE
O Eur/Usd renovou mínimos de dois anos, após a divulgação das minutas do BCE. No documento lia-se que as taxas de juro deverão manter-se nos níveis atuais ou abaixo até meados de 2020, dando a indicação de que está pronto a implementar mais estímulos monetários, ou seja, abrindo também a possibilidade de compra de ativos (Quantitative Easing). No entanto, as declarações de Draghi acabaram por reverter o sentimento. O Presidente do BCE indicou que o risco de recessão é bastante reduzido e acrescentou que o corte de taxas de juro não foi discutido nesta reunião. O mercado agora pela reunião da Fed que irá ocorrer durante esta semana.
Tecnicamente, o Eur/Usd quebrou a linha de suporte dada pela formação do triângulo descendente e acabou por ir testar os $1.11, renovando mínimos de dois anos. O par negoceia próximo de oversold e espera-se que corrija até aos $1.12, antes de dar seguimento às quedas.
Preços do petróleo encerraram a semana com muito pouca variação.
Os preços do petróleo negociaram num intervalo relativamente curto, encerrando a semana com muito pouca variação. A suportar os preços continuaram a estar as tensões no Médio Oriente, com o Irão a recusar libertar o petroleiro britânico apreendido na semana passada no Golfo. Adicionalmente a queda dos inventários de crude norte-americanos que, segundo o Instituto Americano de Petróleo (API), registaram uma queda de 11 milhões de barris na semana passada, também sustentaram os preços do ouro negro. Este é um valor elevado, mas que pode estar a ser distorcido pela queda da produção no golfo do México devido à tempestade Barry. Apesar disto, a possibilidade de ganhos mais significativos continua a ser limitada pelas perspetivas de um fraco crescimento económico global causado pela guerra comercial entre os EUA e a China.
Tecnicamente, os preços do crude têm vindo a lateralizar, desde o final da semana passada, entre os $54.48 (50% de retração de fibonacci) e os $57.34 (61.8% de retração de fibonacci). A perspetiva bearish a curto-prazo mantém-se, sustentada pelo sinal de venda do MACD, existindo assim a possibilidade de os preços da matéria-prima recuarem de novo até aos $54.48.
Ouro lateraliza após falhar o testar aos $1430
O ouro voltou a negociar abaixo dos $1430 e ficou a última semana a lateralizar em torno dos $1400-30. Apesar de algumas tensões no médio oriente e subidas e descidas do dólar, o metal precioso passou a semana praticamente inalterado.
Tecnicamente, o ouro registou alguma vulnerabilidade ao quebrar ligeiramente os $1430, voltando à zona de consolidação de curto-prazo entre os $1380-$1430. Contudo, a matéria-prima mantém uma perspetiva ligeiramente bullish, esperando-se que possa vir a testar novamente níveis acima dos $1430 (apesar do sinal de venda do MACD).
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
O banco central da Turquia desceu abruptamente a sua taxa de juros em 425 pontos base para 19.75%. Este foi o primeiro passo de uma postura de emergência adotada para estimular uma economia em recessão e afastando-se da abordagem verificada durante a crise cambial do ano passado. A taxa de juro seguia nos 24% desde setembro, quando um colapso da lira turca levou a inflação para máximos de 15 anos, acima dos 25%. Desde então a inflação caiu abaixo dos 16%, abrindo portas à primeira flexibilização nos últimos quatros anos e meio.
Eur/Usd alcançou mínimos de dois anos pressionado por minutas do BCE
O Eur/Usd renovou mínimos de dois anos, após a divulgação das minutas do BCE. No documento lia-se que as taxas de juro deverão manter-se nos níveis atuais ou abaixo até meados de 2020, dando a indicação de que está pronto a implementar mais estímulos monetários, ou seja, abrindo também a possibilidade de compra de ativos (Quantitative Easing). No entanto, as declarações de Draghi acabaram por reverter o sentimento. O Presidente do BCE indicou que o risco de recessão é bastante reduzido e acrescentou que o corte de taxas de juro não foi discutido nesta reunião. O mercado agora pela reunião da Fed que irá ocorrer durante esta semana.
Tecnicamente, o Eur/Usd quebrou a linha de suporte dada pela formação do triângulo descendente e acabou por ir testar os $1.11, renovando mínimos de dois anos. O par negoceia próximo de oversold e espera-se que corrija até aos $1.12, antes de dar seguimento às quedas.
Preços do petróleo encerraram a semana com muito pouca variação.
Os preços do petróleo negociaram num intervalo relativamente curto, encerrando a semana com muito pouca variação. A suportar os preços continuaram a estar as tensões no Médio Oriente, com o Irão a recusar libertar o petroleiro britânico apreendido na semana passada no Golfo. Adicionalmente a queda dos inventários de crude norte-americanos que, segundo o Instituto Americano de Petróleo (API), registaram uma queda de 11 milhões de barris na semana passada, também sustentaram os preços do ouro negro. Este é um valor elevado, mas que pode estar a ser distorcido pela queda da produção no golfo do México devido à tempestade Barry. Apesar disto, a possibilidade de ganhos mais significativos continua a ser limitada pelas perspetivas de um fraco crescimento económico global causado pela guerra comercial entre os EUA e a China.
Tecnicamente, os preços do crude têm vindo a lateralizar, desde o final da semana passada, entre os $54.48 (50% de retração de fibonacci) e os $57.34 (61.8% de retração de fibonacci). A perspetiva bearish a curto-prazo mantém-se, sustentada pelo sinal de venda do MACD, existindo assim a possibilidade de os preços da matéria-prima recuarem de novo até aos $54.48.
Ouro lateraliza após falhar o testar aos $1430
O ouro voltou a negociar abaixo dos $1430 e ficou a última semana a lateralizar em torno dos $1400-30. Apesar de algumas tensões no médio oriente e subidas e descidas do dólar, o metal precioso passou a semana praticamente inalterado.
Tecnicamente, o ouro registou alguma vulnerabilidade ao quebrar ligeiramente os $1430, voltando à zona de consolidação de curto-prazo entre os $1380-$1430. Contudo, a matéria-prima mantém uma perspetiva ligeiramente bullish, esperando-se que possa vir a testar novamente níveis acima dos $1430 (apesar do sinal de venda do MACD).
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.