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IMF – FED e BoE mantiveram taxas de juro inalteradas

BoE manteve taxas de juro inalteradas; FED continua a prever 3 cortes de taxas em 2024; Petróleo renovou máximos de outubro; Ouro renovou máximos históricos

| BoE manteve taxas de juro inalteradas

O Banco de Inglaterra (BoE) decidiu manter a taxa de juro de referência inalterada em 5.25%, com 8 votos a favor e 1 voto favorável a um corte. Os 2 membros que nas últimas reuniões tinham votado a favor de uma subida, mudaram de opinião. O Governador do BoE, Andrew Bailey, afirmou que a economia do Reino Unido está a progredir na "direção certa" para que a instituição possa começar a cortar taxas. Acrescentou ainda que tem observado sinais encorajadores de que a inflação está a descer, mas que o BoE precisa de ter mais certezas de que as pressões sobre os preços estão sob controlo – em linha com o discurso de outros Bancos Centrais. O mercado passou a atribuir uma probabilidade de 76% a um primeiro corte de taxas na reunião de junho e a dar quase como certa uma redução total de 75 pontos base nas suas taxas até ao final do ano.

A inflação do Reino Unido abrandou em fevereiro para 3.4%, em termos homólogos, face aos 4% registados em janeiro e dezembro, ficando abaixo das expetativas do mercado (3.5%). Esta foi a taxa mais baixa desde setembro de 2021, impulsionada por uma desaceleração nos preços dos alimentos e restaurantes. Em cadeia, a inflação subiu 0.6%, após -0.6% em janeiro, abaixo do esperado (+0.7%). Apesar da moderação observada nas pressões inflacionistas, o Reino Unido permanece a economia com a taxa de inflação mais alta entre as economias avançadas do G7.

O Eur/Gbp iniciou a semana a transacionar de um modo estável, ligeiramente abaixo das £0.8550. No entanto, após a reunião do BoE de quinta-feira, o par ganhou terreno ao ponto de renovar máximos de 2 meses a £0.8601.

| FED continua a prever 3 cortes de taxas em 2024

A Reserva Federal dos EUA (FED) manteve a taxa de juro de referência inalterada, como esperado, mas a maioria dos membros do Conselho de Política Monetária indicaram que ainda esperam 3 cortes de taxas de 25 pontos base até ao final de 2024. Deste modo, a instituição descreveu a inflação como "continuando elevada", enquanto as novas projeções da FED apontam para um crescimento do PIB de 2.1% em 2023, face aos 1.4% previstos em dezembro e uma inflação subjacente de 2.6% no final do ano de 2023, face aos 2.4% antes previstos. Powell, presidente da FED, apresentou um discurso menos agressivo, a apontar mais para o corte de taxas, onde indicou que o calendário dos 3 cortes está dependente de se os responsáveis estiverem seguros de que a inflação continuará a descer em direção à meta. Acrescentou ainda que "a sua mensagem principal" era de que a FED ainda precisava de mais dados para mudar a sua política monetária.

Numa outra nota, de acordo com a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, a instituição não se pode comprometer com uma trajetória pré-definida de cortes nas taxas de juro, mesmo após o primeiro corte de taxas, uma vez que o ritmo dos mesmos dependerá dos dados divulgados até cada reunião. Deste modo, Lagarde indicou que as decisões do BCE terão de continuar a depender dos novos dados, com a política monetária a responder às novas informações à medida que forem surgindo.

No início da última semana, o Eur/Usd apresentou um salto para perto dos $1.0940, para no último dia da semana retornar a desvalorizar até renovar mínimos do início do mês de março ligeiramente acima dos $1.0800, mostrando a força do dólar.

| Petróleo renovou máximos de outubro

Os preços do petróleo subiram no início da última semana para máximos de outubro de 2023, enquanto o mercado digeria os efeitos que os ataques que a Ucrânia lançou a refinarias russas poderiam ter na oferta global.

O petróleo iniciou a semana a valorizar até renovar máximos de outubro de 2023 nos $83.85/barril, para posteriormente perder algum terreno até perto dos $80/barril. Espera-se que este nível sirva de suporte para os preços da matéria-prima.

| Ouro renovou máximos históricos

Na última semana, o preço do ouro renovou máximos históricos pela 5ª vez em março, enquanto as afirmações da Reserva Federal dos EUA, após terem mantido as taxas inalteradas, indicaram que a instituição ainda espera 3 cortes de taxas este ano, apesar da inflação elevada.

O ouro iniciou a semana a transacionar de um modo estável em torno dos $2 150/onça, para posteriormente renovar máximos históricos nos $2 217/onça. No entanto, na última sessão da semana o ouro retornou a perder algum terreno.

As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.
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