Notícia
"É estratégico apoiar empresas portuguesas em Espanha"
Gonzalo García Puig diz que os bancos têm de facilitar o comércio externo das empresas
Espanha | Gonzalo García Puig assinala que, em épocas de dificuldades económicas, a banca tem de ser o sector que facilita o comércio externo das empresas.
O abrandamento do crescimento económico parece ser uma realidade para grande parte dos mercados mundiais, mas nem todas as economias se encontram no mesmo nível. Há economias a emergir, com a possibilidade de absorver produtos nacionais. Também há economias maduras. Estas não podem crescer tanto, porque o espaço para se expandirem já não é tão grande. Ainda assim, "são as economias velhas, e não as novas, as que sustentam o comércio internacional" português, de acordo com Filomena Oliveira, directora central do negócio internacional da Caixa Geral de Depósitos.
Por exemplo, o Investimento Directo Estrangeiro de Angola em Portugal "é muito baixo". O mesmo não acontece no caso espanhol. "E, não obstante a crise, há crescimento de exportações e importações em 2010 e 2011", assinala a responsável do banco estatal. Da mesma forma, Filomena Oliveira indica que Portugal também exportou mais para a França e para a Alemanha em 2011 do que no ano anterior. Há regiões na Alemanha "em que vale a pena apostar, porque há espaço". "E os produtos portugueses são sempre bem recebidos", acrescenta.
Como exemplo da ligação com os mercados maduros está a Espanha. É com base nessa relação próxima que a directora central do negócio internacional da CGD considera que o mercado ibérico é o mercado doméstico do banco. Aliás, Gonzalo García Puig, administrador executivo do Banco Caixa Geral em Espanha, é peremptório ao dizer que Portugal tem muita importância em Espanha. Por esse motivo, para a CGD, "é estratégico apoiar as empresas portuguesas em Espanha e apoiar as empresas espanholas em Portugal". Isto porque os bancos devem ser facilitadores do comércio externo das empresas, mesmo em época de dificuldades económicas, como as enfrentadas por Portugal e Espanha. O Banco Caixa Geral poderá ter uma palavra a dizer nessa internacionalização em Espanha já que é a oitava figura bancária no sector financeiro daquele país, segundo Puig.
Proteccionismo é obstáculo
Espanha foi o mercado escolhido pela empresa tecnológica Newvision para se começar a expandir. E, apesar do potencial de crescimento e da possibilidade de melhorar o leque de clientes, Espanha também apresenta dificuldades aos exportadores. Antes de mais porque é demasiado proteccionista, o que obriga as empresas a recorrerem a parcerias nos vários concursos, de forma a contornar esse aspecto. Participar sozinho em concursos é arriscado, segundo António Pedroso.
O responsável da empresa considera que há vários aspectos que podem facilitar a entrada em Espanha. Procurar o apoio das câmaras de comércio espanholas é uma opção, porque "funcionam muito bem". Depois, é necessário contratar quadros espanhóis e dominar os vários idiomas. Contudo, há que ter em atenção que a venda de um produto em Portugal não é sinónimo de que este seja vendável em Espanha.
O abrandamento do crescimento económico parece ser uma realidade para grande parte dos mercados mundiais, mas nem todas as economias se encontram no mesmo nível. Há economias a emergir, com a possibilidade de absorver produtos nacionais. Também há economias maduras. Estas não podem crescer tanto, porque o espaço para se expandirem já não é tão grande. Ainda assim, "são as economias velhas, e não as novas, as que sustentam o comércio internacional" português, de acordo com Filomena Oliveira, directora central do negócio internacional da Caixa Geral de Depósitos.
Como exemplo da ligação com os mercados maduros está a Espanha. É com base nessa relação próxima que a directora central do negócio internacional da CGD considera que o mercado ibérico é o mercado doméstico do banco. Aliás, Gonzalo García Puig, administrador executivo do Banco Caixa Geral em Espanha, é peremptório ao dizer que Portugal tem muita importância em Espanha. Por esse motivo, para a CGD, "é estratégico apoiar as empresas portuguesas em Espanha e apoiar as empresas espanholas em Portugal". Isto porque os bancos devem ser facilitadores do comércio externo das empresas, mesmo em época de dificuldades económicas, como as enfrentadas por Portugal e Espanha. O Banco Caixa Geral poderá ter uma palavra a dizer nessa internacionalização em Espanha já que é a oitava figura bancária no sector financeiro daquele país, segundo Puig.
Proteccionismo é obstáculo
Espanha foi o mercado escolhido pela empresa tecnológica Newvision para se começar a expandir. E, apesar do potencial de crescimento e da possibilidade de melhorar o leque de clientes, Espanha também apresenta dificuldades aos exportadores. Antes de mais porque é demasiado proteccionista, o que obriga as empresas a recorrerem a parcerias nos vários concursos, de forma a contornar esse aspecto. Participar sozinho em concursos é arriscado, segundo António Pedroso.
O responsável da empresa considera que há vários aspectos que podem facilitar a entrada em Espanha. Procurar o apoio das câmaras de comércio espanholas é uma opção, porque "funcionam muito bem". Depois, é necessário contratar quadros espanhóis e dominar os vários idiomas. Contudo, há que ter em atenção que a venda de um produto em Portugal não é sinónimo de que este seja vendável em Espanha.