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Contas à ordem: Quem dá mais ou tira menos?

Se está na hora de escolher ou mudar de banco, consulte as nossas Escolhas Acertadas e poupe nas comissões.

29 de Março de 2016 às 11:18
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Depois de tantas más notícias relacionadas com os pesados custos das contas bancárias, chegou a hora de ler a boa nova: é possível ter uma conta a custo zero! É claro que dependerá sempre do tipo de relação que pretende assumir com o banco. Se não se importa de manter essa relação virtual, concretizando quase todas as operações através da Internet, aposte num banco online e não terá de suportar despesas de manutenção, comissões por transferências ou sequer anuidades dos cartões.

Ao invés, se faz questão de manter uma ligação tradicional com o banco, terá de sujeitar- se ao tarifário aplicado à realização de algumas operações, como é o caso das transferências. Nas fichas abaixo, encontra as nossas Escolhas Acertadas, com opções para clientes que preferem a Net e para quem faz questão de ter um balcão ao seu dispor. Em todos os casos, considerámos nos nossos cálculos a utilização de cartão de débito e de crédito e, em média, uma transferência interbancária por mês.

Fidelidade recebe isenções

Para o ajudar a escolher, procurámos as melhores opções para quem pode domiciliar o ordenado, o que é encarado como a aceitação de um compromisso mais sério com o banco. Mas também investigámos opções para quem não pode fazê-lo, por exemplo, por estar desempregado, ter o ordenado domiciliado no banco em que contratou o crédito à habitação ou, ainda, por trabalhar por conta própria e não dispor de um salário transferido regularmente para a conta.

Não tendo ordenado domiciliado, o banco pode fazer distinção entre clientes, olhando para o saldo médio ou para o património financeiro. Aqui, saem prejudicados os clientes com menos recursos, já que alguns bancos agravam as despesas de manutenção a quem dispõe de saldos médios inferiores a 1000 euros. Mas, com a nossa Escolha Acertada para bancos que operam sobretudo online, pode poupar até 87 euros face à média do mercado. Já com o ordenado domiciliado, é possível subscrever no Novo Banco a conta NB 100%, que isenta de anuidades de cartões e de comissões de manutenção. Para quem recorre ao balcão, o custo anual de 62,40 euros representa uma poupança superior a 45 euros face à média da concorrência.


87
Poupança
Os clientes podem poupar até 87 euros face à média do mercado com a Escolha Acertada para bancos que operam online.


Desenhámos ainda um terceiro perfil, para clientes que domiciliam o ordenado para beneficiarem de um descoberto de 250 euros durante 10 dias. Nestes casos, será impossível localizar uma conta isenta de custos. Mas encontra boas opções no Banco BiG ou no Best Bank, por 11,10 euros anuais. Se prefere um banco tradicional, a opção mais barata é disponibilizada pelo Novo Banco, com um custo anual de 74,37 euros. Ainda assim, consegue uma poupança de quase 45 euros em relação à média dos preços praticados. Neste cenário, destaca-se a redução dos juros aplicados ao descoberto. Devido aos limites impostos pelo Banco de Portugal, as instituições de crédito têm vindo a descer estas taxas, o que afeta não só este produto (atualmente, de 17,9%), como também as taxas aplicadas aos cartões de crédito e aos empréstimos pessoais ou para comprar um automóvel.

Contas-base e pack não são alternativa

Dez bancos já disponibilizam contas-base, promovendo o acesso a um conjunto de serviços a preços mais baixos. Incluem homebanking, três levantamentos mensais ao balcão, transferências gratuitas no mesmo banco e isenção de comissões de manutenção e de anuidade de um cartão de débito.

No entanto, uma conta-base custa, em média, 65,28 euros anuais, não representando uma verdadeira alternativa em relação às contas tradicionais, e nem sempre o leque de serviços proposto vai ao encontro das reais necessidades dos clientes.

Por sua vez, as contas pack, que sete instituições disponibilizam, permitem aceder a cartões de débito e de crédito, cheques e transferências, em troca de uma mensalidade. A NB 100%, comercializada pelo Novo Banco, foi mesmo distinguida com o título de Escolha Acertada. As restantes contas-pacote que analisamos apresentam ainda custos elevados, que podem chegar muito perto dos 100 euros anuais. 


Resumo das comissões ainda não chegou a muitos clientes

Ao longo do ano passado, poucos bancos enviaram aos clientes uma fatura-recibo com a informação sobre as comissões associadas às contas à ordem. Este envio passou a ser obrigatório e o documento deveria ter chegado aos clientes até ao final de janeiro. Já que o Banco de Portugal não garantiu o cumprimento de tal obrigação, espera-se, pelo menos, que seja implacável na punição dos infratores. Porém, sem a definição de um modelo standard para o documento, os consumidores podem ter dificuldades a interpretar a informação.




O nosso estudo
71 contas à lupa

Alargámos o nosso estudo anual e, desta vez, analisámos 71 contas à ordem de 18 bancos. Contemplámos contas convencionais, mas também contas-ordenado, contas pack e as recém-criadas contas-base. Considerámos a movimentação ao balcão e através da Internet.

Sempre que as Escolhas Acertadas recaíram num banco online, indicámos uma alternativa.




Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.


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