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Certificados de Aforro caíram 80 %

Com as taxas de juro em queda, 2016 foi um ano muito negativo também para os Certificados de Aforro. Em 2017, o cenário poderá piorar: com o fim dos prémios fixos nas séries B e C, a remuneração é agora bastante mais baixa e os resgates tenderão a aumentar significativamente. Mas a PROTESTE INVESTE recomenda manter a série B porque estes certificados antigos ainda têm um rendimento atrativo.

21 de Fevereiro de 2017 às 09:53
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Novas subscrições diminuíram 42 %
A descida das taxas de juro verificada nos últimos anos afetou também os Certificados de Aforro, cuja remuneração das várias séries está dependente da taxa Euribor em diferentes prazos e com diferentes fórmulas. A taxa base tem encolhido e em 2016 foram aplicados 783 milhões de euros em novas subscrições de Certificados de Aforro, bastante menos do que os 1.347 milhões aplicados em 2015 e que os 2.725 milhões aplicados em 2014. Assim, em 2016 verificou-se uma queda de 42% no montante aplicado, face ao valor de 2015. Se tivermos em conta o saldo entre novas subscrições e montantes resgatados, a diferença é ainda mais acentuada, pois os montantes resgatados mantiveram-se elevados em ambos os anos (mais de 600 milhões em cada ano). Tal traduziu-se numa queda de 80% no saldo de 2016 face ao ano anterior. Claramente, os Certificados de Aforro deixaram de estar na moda e já não são a aplicação favorita dos portugueses.

Mantenha a série B
No final de 2016 terminaram os prémios fixos que existiam nas séries B e C, de 1 % e 2,75 %, respetivamente. Contudo, quem subscreveu em dezembro ainda beneficia deles até março. Em janeiro deste ano, as taxas destas séries voltaram às regras que existiam antes deste prémio excecional.
- Assim, quem tem a série B dos Certificados de Aforro deve manter. Isto porque, como beneficiam já do prémio de permanência máximo (2% bruto), a taxa líquida atual é precisamente de 1,4%, um rendimento superior ao melhor depósito a um ano (1,3% no BNI Europa e no Invest).

- Quanto à série C, que esteve em comercialização entre 2008 e 2015, a remuneração depende precisamente da data de subscrição, já que o prémio de permanência varia em função do número de anos. No quadro em baixo apresentamos a taxa para quem subscreveu em fevereiro de cada um dos anos. Por exemplo, se subscreveu nos primeiros dois anos (2008 e 2009), poderá manter, já que tem um rendimento de 1,8 % e 1,1 %, respetivamente; a partir de fevereiro de 2010 começam a descer as remunerações para valores já pouco interessantes e inferiores a 1%. Por isso, se subscreveu de 2010 em diante, consegue um rendimento superior resgatando e transferindo para os Certificados do Tesouro Poupança Mais (ver caixa Certificados do Tesouro: alternativa para o prazo de cinco anos).

Em fevereiro, a série D mantém a taxa
A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro da série D, em fevereiro, foi fixada em 0,672 %. Em termos líquidos corresponde a uma taxa de 0,48 %, ou seja, muito pouco interessante. Podemos dizer que não há alteração significativa da taxa e por isso, nós também mantemos o nosso conselho: não recomendamos a subscrição de Certificados de Aforro.

Certificados do Tesouro: alternativa para o prazo de 5 anos

Se é dos que subscreveu a série C nos últimos anos, nomeadamente de 2010 em diante, resgate e transfira para os Certificados do Tesouro Poupança Mais. Garantem, pelo menos, 1,6% líquidos ao ano se mantiver por cinco anos. Mas a taxa poderá ser superior, pois nos últimos dois anos há ainda a considerar um prémio em função da taxa de crescimento do PIB. Os juros são pagos anualmente na conta bancária a taxa crescente, que varia entre 1,25% e 3,25% bruta. O montante mínimo exigido é de 1.000 euros e também se subscrevem nos Correios. Como não permite reforços, cada vez que pretender reforçar a sua aplicação em CTPM terá de fazer uma nova subscrição. Consulte o nosso simulador de Certificados do Tesouro em www.deco.proteste.pt/investe/ simulador-certificados-tesouro.  



Este artigo foi redigido ao abrigo do novo acordo ortográfico.


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