Notícia
Chega critica proposta de Orçamento e acusa Governo de chantagear partidos à esquerda
André Ventura disse ter saído da reunião com o Governo "sobejamente preocupado" e com "uma mão cheia de nada".
06 de Outubro de 2020 às 17:09
O deputado único do Chega fez hoje duras críticas à proposta de Orçamento do Estado para 2021 (OE2021), considerando que não traz novidades, e acusou o Governo de querer chantagear os partidos da esquerda para viabilizarem o documento.
O ministro das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, estão hoje a apresentar aos partidos, na Assembleia da República, as linhas gerais do OE2021 e o quadro macroeconómico.
No final do encontro, André Ventura disse ter saído da reunião "sobejamente preocupado" e com "uma mão cheia de nada", afirmando que "não haverá mexidas no sistema fiscal", não está previsto "absolutamente nada" ao nível do combate ao desemprego e também "não há uma medida de apoio social".
"Estamos muito preocupados por saber que este orçamento, na verdade, é o orçamento que vai manter as medidas que já vinham do orçamento suplementar, na sua grande maioria, e que não traz nada de novo de auxílio a quem efetivamente está a passar por momentos muito difíceis nesta crise", disse, indicando que a proposta "não satisfaz" o partido.
O presidente do Chega lamentou igualmente que a proposta não preveja "medidas excecionais de apoio a determinados setores", como as forças de segurança, professores ou profissionais de saúde.
"Como é que algum partido de esquerda, como o PCP ou o BE, pode viabilizar este orçamento? A única razão é terem medo de eleições", acusou, insistindo: "não há aqui nada de palpável, não há aqui nada de novo, não há aqui nada de eficaz e não há aqui nada de importante para as famílias, para os trabalhadores, para as empresas".
Na ótica do deputado, "não há nada que justifique" o voto favorável da esquerda.
Se PCP, BE ou PAN viabilizarem o orçamento, segundo André Ventura, não poderão dizer no futuro "que falta dinheiro para o Serviço Nacional de Saúde ou que falta dinheiro para apoio aos trabalhadores" porque "viabilizaram o orçamento mais vergonhoso da história da democracia em Portugal".
O deputado afirmou, de seguida, que "o Governo está a fazer este Orçamento do Estado na base da chantagem à esquerda" com a ameaça de eleições, porque "sabe que à direita provavelmente não conseguirá granjear o apoio que quer".
Ventura disse, contudo, que só anunciará o sentido de voto depois de "ter lido o documento todo", mas disse esperar que "isto seja revertido" na segunda-feira, quando a proposta de OE2021 for entregue na Assembleia da República.
O presidente do Chega disse ainda ter "quase a certeza" de que o Governo não sabe ainda quanto vai receber da União Europeia, "não saber como há de aplicar esse dinheiro para lá dos programas que tem definidos" e "em vez de estar preocupado em ajudar o país a sair da crise, quer continuar a despejar dinheiro na função pública, para garantir os votos para a sua sobrevivência".
A votação na generalidade do OE2021 está marcada para 28 de outubro e a votação final global para 27 de novembro.
O ministro das Finanças, João Leão, e o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, estão hoje a apresentar aos partidos, na Assembleia da República, as linhas gerais do OE2021 e o quadro macroeconómico.
"Estamos muito preocupados por saber que este orçamento, na verdade, é o orçamento que vai manter as medidas que já vinham do orçamento suplementar, na sua grande maioria, e que não traz nada de novo de auxílio a quem efetivamente está a passar por momentos muito difíceis nesta crise", disse, indicando que a proposta "não satisfaz" o partido.
O presidente do Chega lamentou igualmente que a proposta não preveja "medidas excecionais de apoio a determinados setores", como as forças de segurança, professores ou profissionais de saúde.
"Como é que algum partido de esquerda, como o PCP ou o BE, pode viabilizar este orçamento? A única razão é terem medo de eleições", acusou, insistindo: "não há aqui nada de palpável, não há aqui nada de novo, não há aqui nada de eficaz e não há aqui nada de importante para as famílias, para os trabalhadores, para as empresas".
Na ótica do deputado, "não há nada que justifique" o voto favorável da esquerda.
Se PCP, BE ou PAN viabilizarem o orçamento, segundo André Ventura, não poderão dizer no futuro "que falta dinheiro para o Serviço Nacional de Saúde ou que falta dinheiro para apoio aos trabalhadores" porque "viabilizaram o orçamento mais vergonhoso da história da democracia em Portugal".
O deputado afirmou, de seguida, que "o Governo está a fazer este Orçamento do Estado na base da chantagem à esquerda" com a ameaça de eleições, porque "sabe que à direita provavelmente não conseguirá granjear o apoio que quer".
Ventura disse, contudo, que só anunciará o sentido de voto depois de "ter lido o documento todo", mas disse esperar que "isto seja revertido" na segunda-feira, quando a proposta de OE2021 for entregue na Assembleia da República.
O presidente do Chega disse ainda ter "quase a certeza" de que o Governo não sabe ainda quanto vai receber da União Europeia, "não saber como há de aplicar esse dinheiro para lá dos programas que tem definidos" e "em vez de estar preocupado em ajudar o país a sair da crise, quer continuar a despejar dinheiro na função pública, para garantir os votos para a sua sobrevivência".
A votação na generalidade do OE2021 está marcada para 28 de outubro e a votação final global para 27 de novembro.