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Grande novidade das eleições europeias: Vai poder votar em qualquer zona do País e sem pedido prévio

Uma forma de atrair os portugueses às urnas. Mas há outros argumentos, como a necessidade de defender o espaço europeu, cada vez mais ameaçado.

29 de Abril de 2024 às 16:56
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As eleições para o Parlamento Europeu acontecem a 9 de junho em Portugal e, pela primeira vez, os eleitores poderão votar em qualquer zona do País sem pedido prévio. Já os portugueses residentes em países da UE podem votar presencialmente nas representações diplomáticas, nos dias 8 e 9 de junho.

Apesar de sucessivos Eurobarómetros colocarem a afeição dos portugueses à Europa nos valores mais altos dos Estados-membros, a afluência às urnas tem-se mantido abaixo da média europeia. Em 2019, Portugal atingiu a taxa de abstenção recorde de 68,6%, e contrariou a tendência europeia de diminuição.


Este ano, o Parlamento Europeu está empenhado em atrair os eleitores às urnas e acredita que algumas das crises que marcaram a atualidade nos últimos anos podem fazer com que a abstenção diminua. "Só nesta legislatura houve a Covid-19, a guerra na Ucrânia, que levantou questões sobre a defesa europeia, e ainda a importância das eleições nos EUA, porque um dos candidatos não é grande adepto da NATO", diz Pedro Valente, chefe de gabinete do PE em Lisboa. Além da defesa, também o aumento dos extremismos preocupa os eurodeputados. "Os extremismos têm vindo a crescer. É provável que haja um aumento de voto nestas forças, mas não é certo que se consigam entender. É um desafio, mas temos esperança que haja um aumento de votação nos partidos que são mais pró-europeus", concluiu.


SAIBA MAIS

União Europeia

Alargamento


O alargamento da União Europeia a novos Estados-membros, nomeadamente a Ucrânia e países dos Balcãs, é um dos temas quentes da campanha para as eleições europeias. A dúvida recai sobre como será feito o alargamento: ‘Big Bang’ como em 2004 ou faseado, ainda que no caso da Ucrânia a questão seja mais complexa.


Geopolítica


Segundo dados do Eurobarómetro, nove em cada dez portugueses acreditam que votar este ano é ainda mais importante face à atual situação geopolítica.

Políticas certas salvam UE de crises históricas

A presidente da Comissão Europeia defendeu, na última sessão do Parlamento Europeu, que a UE está mais forte do que há cinco anos, apesar das "crises de proporções históricas" que enfrentou. Von der Leyen deu como exemplo a Covid-19 e a guerra na Ucrânia, "com uma crise energética, que poderiam ter-se transformado numa crise económica e social dramática", com "desemprego em massa na Europa e uma longa recessão". "Mas tal não aconteceu, e isso deveu-se à grande resiliência da Europa, mas também ao facto de termos posto em prática as políticas certas. Como o [programa] SURE, que salvou 40 milhões de empregos, ou o ‘NextGenerationEU’ e o ‘REPowerEU’, que aceleraram a recuperação e a implantação de energias renováveis de origem nacional", concretizou.

‘Europa Viva’ todos os domingos

A casa comum europeia em toda a sua dimensão. É esta a proposta do ‘Europa Viva’, aos domingos (11h30), na sua CMTV. Um programa que mostra o que fazem os eurodeputados e de que forma as decisões tomadas pelo Parlamento Europeu influenciam a vida de cada um.

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