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Ao minuto14.11.2023

Polémica de Cosgrave já lá vai. "O que importa é o ecossistema vibrante"

O secretário de Estado para a Digitalização desvaloriza as polémicas em torno da Web Summit. E o presidente da câmara de Lisboa reconhece que crise política "afeta investidores". Foi o segundo dia da Web Summit.

Mário Campolargo, secretário de Estado para a Digitalização e a Modernização Administrativa
Pedro Ferreira
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14.11.2023

Chegou ao fim o segundo dia da Web Summit

Está fechado o segundo dia da Web Summit.

Esta terça-feira, o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas, reconheceu que a crise provocada pela Operação Influencer "vai afetar os investidores".

O secretário de Estado para a Digitalização desvalorizou as polémicas da Web Summit.

E uma gestora de capital de risco recomendou a fintechs europeias que vão negociar para as bolsas americanas.

Até amanhã!

14.11.2023

Polémica de Cosgrave? "O que importa é o ecossistema vibrante"

O secretário de Estado da Digitalização e da Modernização Administrativa afirma que o que "importa" na Web Summit é a existência de "um ecossistema vibrante" e a possibilidade de pôr em contacto as pessoas com talento.

Mário Campolargo falava aos jornalistas no final da sua participação em dois painéis do evento, quando questionado sobre a polémica que envolveu o ex-CEO do evento, Paddy Cosgrave.

"Estas pessoas estão todas a trocar impressões, a perceber como é que um sucesso de um pode ser o sucesso de outro", referiu Mário Campolargo.

Negócios com Lusa

14.11.2023

Gestora de "venture capital" recomenda a "fintech" europeias que negoceiem nas bolsas americanas

As empresas estão à espera de um mercado de capitais "saudável" para se aventurarem no mercado de capitais, com os preços das ofertas públicas iniciais (IPO, na sigla em inglês) ainda abaixo do que estas esperam obter. 

O número de IPO em 2022 desceu abruptamente de uma atividade recorde em 2021 e continuou a trajetória descendente em 2023. Apesar disso, já há mais empresas a aventurar-se no mercado de capitais como a Arm, a Instacart e a Klaviyo. 

Está, então, a atividade a recuperar? O parceiro na HV Capital Rainer Markle considera que não, sublinhando que ainda não houve entradas em bolsa de empresas com grande capitalização nem na Europa, nem nos Estados Unidos. 

As empresas "ainda estão à espera de um mercado saudável", justifica, explicando que os preços das IPO estão abaixo do que a empresa espera obter. "Quando o mercado estiver pronto, a atividade vai certamente recuperar", indica, sem definir um período em concreto. 

Quando isso acontecer, a cofundadora da Transpose Platform Trang Nguyen, aconselha as "fintech" europeias a escolherem as bolsas dos EUA para negociarem, apontando a Farfetch e o Spotify como exemplos de sucesso. Além de mais liquidez, o mercado norte-americano também consegue avaliações mais altas, aponta.

Mariana Azevedo Ferreira

14.11.2023

Regular ativos tecnológicos sem leis para privacidade? "Fiquei em choque"

Brittany Kaiser, cofundadora da Own Your Data Foundation

Quando não regular a tecnologia? A tecnologia tem-se desenvolvido a um ritmo mais acelerado do que a regulação e a elaboração de leis nos Estados Unidos. A resposta para o problema passa por perceber bem o ativo em causa antes de regulá-lo, dizem Mick Mulvaney, presidente do Conselho de Administração na Actrum, e Brittany Kaiser, "founder" na Own Your Data, num palco secundário da Web Summit.

"Fiquei em choque que estejamos a tentar regular ativos tecnológicos quando não temos sequer regulação ou leis em relação à privacidade [nos EUA]", aponta Brittany Kaiser (na foto).

A regulação de criptoativos e de ativos relacionados com inteligência artificial têm estado no centro da discussão nos EUA, com os especialistas a considerarem que a sua evolução tem sido feita a um passo mais acelerado do que a legislação e regulação, o que pode dar lugar a uma legislação intensiva sobre o ativo.

Para resolver o puzzle, a solução que Mulvaney sugere passa pela literacia: explicar aos deputados do Congresso e reguladores como os ativos funcionam. Brittany Kaiser concorda, acrescentando que também há que partir as peças do puzzle em pequenos pedaços para entender o básico dos básicos, como a base de dados.

"A melhor legislação é aquela que compreende os princípios básicos do ativo tecnológico", disse, lançando o desafio aos empreendedores presentes na sala para que "colaborem com o legislador e os reguladores" para terem a certeza de que a regulação faz sentido. 

Quando é excessiva? "Quando o ativo tecnológico é completamente proibido", remata a "founder" na Own Your Data.

Mariana Ferreira Azevedo

14.11.2023

Fábrica de unicórnios, o projeto em que "ninguém acreditava", criou "mais de dez mil" empregos

A Web Summit é "um projeto muito importante para a cidade e tudo o que fizemos nestes últimos dois anos tem um valor muito grande para o país", afirmou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, dando especial ênfase à fábrica de unicórnios, projeto com o seu cunho em que "ninguém acreditava".

"Em dois anos, esta fábrica de unicórnios criou mais de dez mil postos de trabalho. Estamos aqui a falar de empresas de grande tecnologia que vieram para  Lisboa - isto é muito importante para o projeto que estamos a fazer e sobretudo para a cidade", sublinhou, aos jornalistas, à margem de uma visita à Web Summit, que arrancou oficialmente na segunda-feira.

"Quando estamos a falar da Web Summit estamos a falar da criação de emprego. Estamos a falar de 12 unicórnios que vieram instalar-se em Lisboa e realmente em empresas que vieram aqui criar emprego. Inaugurámos há pouco tempo o 12.º unicórnio na nossa cidade, que começou com cinco pessoas, já tem 140 e vai contratar mais 150", pelo que, "mais do que tudo, a Web Summit é isso".

Diana do Mar

14.11.2023

Moedas: Crise política "vai afetar investidores", mas "cá estarei" para lhes dar "serenidade"

Carlos Moedas visita a Web Summit, após ter cancelado conferência de imprensa

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, reconheceu, esta terça-feira, que a crise política que vive o país irá beliscar o sentimento dos investidores.

"O que estamos a viver afetará investidores, mas o presidente da câmara estará qui para trazer estabilidade e serenidade aos investidores, para dizer que Lisboa é um porto seguro - aliás, como era assim o nome na sua criação. Cá estarei como embaixador dos investidores mas sempre para proteger os mais vulneráveis", afirmou, aos jornalistas, à margem de uma visita à Web Summit, após ter cancelado a conferência de imprensa que tinha previsto para esta tarde.

"Temos de ter estabilidade, política, económica e social, defendeu, reconhecendo que "obviamente aquilo que se passa em Portugal é muito grave", pelo que é preciso "encarar" e "reagir". "E como é que o presidente da câmara reage? Trabalhando todos os dias para esta estabilidade", afirmou.

"Muitos empresários pergunta-me sobre as consequências da crise. Eu digo: em Lisboa não há consequências. Lisboa é estável, estamos a trabalhar para que as pessoas tenham confiança".

14.11.2023

"Fintech" vão consolidar em 2024 à boleia da inteligência artifical

O próximo ano vai ser de consolidação para as "fintech", impulsionadas pela inteligência artificial e pelas automações. 

"Chegámos a um ponto em que se vai ver uma consolidação das 'fintech'", aponta o co-fundador e CEO na Juni, Samir El-Sabini. 

Para a CEO na seguradora digital INZMO, Meeri Savolainen, 2024 também vai ser de oportunidades para as financeiras que se focam em tecnologia, impulsionadas sobretudo pela inteligência artificial e automações, que vão "reformular" o mercado. 

Isto porque, segundo a especialista, com o mercado das "fintech" ainda no início, há muitas arestas ainda por limar: "Há muitas coisas que têm de ser corrigidas", principalmente ao nível do serviço prestado aos clientes. 

Além disso, também sublinha a importância do recurso à inteligência artificial e às automações para combater as fraudes. A especialista refere que a INZMO já está a usar a inteligência artificial para verificar a identidade dos clientes. "Agora temos de ensinar os clientes de que isso é seguro. É só o novo normal", remata.

Mariana Azevedo Ferreira

14.11.2023

70 mil participantes, 2.600 startups, perto de mil investidores. Os números da Web Summit

A Web Summit conta com 70.236 participantes de 153 países, de acordo com a organização do evento, citada pela agência Lusa.

Estão ainda presentes 2.608 startups, o que representará, ainda segundo a organização, um valor recorde. São provenientes de 93 países e 30 indústrias diferentes.

Outros números do evento:

- 906 investidores de 52 países.
- 321 parceiros globais e 32 países enviaram as suas delegações de investimento estrangeiro, tal como 17 agências de investimento.
- 70 "masterclasses"
- 17 rondas de competições Pitch
- 25 eventos noturnos e festas Night Summit
- 43% dos participantes são mulheres. E 38% dos oradores são também do género feminino, a proporção mais elevada de sempre.
- 215 mil metros quadrados de espaço ocupado, "o equivalente a 1.099 campos de ténis", o que significa que houve uma expansão "de forma criativa" em 5% face à edição passada.

Vítor Rodrigues Oliveira

14.11.2023

CEO da Outreach: "Poupamos oito horas por semana em reuniões" graças à IA

O CEO e cofundador da Outreach, Manny Medina, diz que a mudança "mais palpável" desde que a empresa começou a usar ferramentas de inteligência artificial foi a poupança de tempo.

E tempo, segundo o provérbio popular, é dinheiro.

"Removemos oito horas por semana em reuniões", graças ao recurso à inteligência artificial. Manny Medina explica em concreto como: "Quando és gestor e, neste caso, na área das vendas e tens um rácio de 10 pessoas a reportar, cada uma com 20 negócios em mãos, como decidir qual deve ter a minha atenção já?", perguntou, durante uma "talk" na Web Summit.

A resposta é simples: coloca-se uma ferramenta como o Chat GPT a olhar para esse contéudo, a identificar discrepâncias, a ver o que vale a pena. "É muito útil", frisa.

Manny Medina garante, no entanto, que "todos os postos de trabalho" na empresa vão ser mantidos, porque "a única coisa que vai mudar é a forma de trabalho". E aprender a usar inteligência artificial, como anuiu quando questionado pelo moderador, é talvez um conselho a seguir.

Na plataforma de vendas são usados diferentes tipos de ferramentas de inteligência artificial, com o CEO a indicar que estão a "experimentar" e a "ver as possibilidades" de cada uma.

"A inteligência artificial só é útil se te ajudar a conseguir algo. Se não ajudar a um modelo de negócio sustentável é um desperdício, pelo que todo o 'hype' em torno da inteligência artificial tem de ser medido", afirmou.

Diana do Mar

14.11.2023

Cepsa está à procura de 100 startups para parcerias na descarbonização

A Cepsa anunciou esta terça-feira que a sua presença na Web Summit, esta semana, servirá para a petrolífera espanhola estabelecer parcerias com "100 startups cujas soluções promovam a descarbonização e a segurança", no âmbito da estratégia de inovação e digitalização da empresa. 

Em comunicado, David Villaseca, chief digital officer da Cepsa, explicou que "esta procura por 100 startups afigura-se fundamental para acelerar a transição energética e a nova estratégia de digitalização da empresa e permite-nos estabelecer uma ligação direta ao ecossistema de inovação que se apresenta como uma alavanca para desenvolver novas iniciativas que melhorem nossa eficiência".

Pode ler aqui.

Bárbara Silva

14.11.2023

Moedas cancela conferência de imprensa

Carlos Moedas cancelou a conferência de imprensa que ia dar durante a Web Summit e que estava marcada para as 16h.

"O Presidente da Câmara já não irá conduzir a conferência de imprensa", anunciou a organização da Web Summit. "Mas estará a visitar o stand da Fábrica de Unicórnios (Pavilhão 1) às 15 horas", acrescentou numa curta nota enviada às redações.

14.11.2023

Quando se fala de IA é só sobre destruição de empregos. CEO da Pendo diz que não é assim

"Que função vai substituir? Quando se fala de inteligência artificial é só sobre destruição de empregos", lamentou o CEO da Pendo, Todd Olson.

Para Todd Olson não faltam "bons exemplos" de empresas, ou de formas como as empresas estão a usar ferramentas de inteligência artificial, que, em muitos casos, "aliviam a dor" de quem faz determinadas tarefas.

E dá o exemplo do uso de inteligência artificial na leitura, e posterior resumo, de milhares de comentários de clientes.

Para o também cofundador da Pendo, que protagonizou uma "talk" sobre como um produto pode ser líder na era da inteligência artificial, o segredo está em descobrir um "caso de uso dourado", ou seja, perceber em que atividade ou tarefa pode ser "fundamental" recorrer a esse tipo de ferramentas.

"Quais são os dados que apenas tu tens, que não são copiáveis e podem ser trabalhados por um super humano com futura vantagem competitiva? Essa é a pergunta".

Diana do Mar

14.11.2023

Inteligência artificial: o equilíbrio entre liberdade para inovar e regulação a montante

O especialista Andrew McAfee não tem dúvidas de que a inteligência artificial (IA) precisa de regras, designadamente em face dos "riscos" a ela associados à medida que vai ganhando relevo nas sociedades, mas "está do lado" dos que defende "liberdade para inovar sem autorizações" por oposição a uma "regulamentação a montante".

"O exercício não é fácil": De um lado estão os que defendem liberdade para inovar sem permissões, que consideram que "mais regulação a montante significa menos inovação", enquanto do outro estão os defensores de regulamentação a montante, ou seja, "à priori", para quem "mais liberdade para inovar significa mais dano", afirmou o investigador do MIT, na primeira "talk" da Web Summit.

Ambos os lados concordam, porém, que "a parada é alta" e que "estamos a democratizar o acesso a tecnologias muito poderosas".

Andrew McAfee está do "lado" dos que advogam por liberdade para inovar, mas deixa claro que "isso não significa que não haja regulação".

"É bastante claro que precisamos de regulação" desde logo devido aos riscos associados à IA, como desinformação, preconceitos ou perda de empregos, que são, aliás, os motores dos movimentos levados a cabo por um pouco pelos governos de todo o mundo no sentido de a regular.

No entanto, o especialista nota que "faz pouco sentido" este "foco excessivo" na inteligência artificial ao nível da regulação. Pegando numa notícia que faz soar o "alarme" para a possibilidade de a IA tornar o bioterrorismo "horrivelmente mais fácil", Andrew McAfee argumenta que livros sobre biologia molecular não faltam, nem tão pouco cursos e que comprar máquinas de sequenciamento de ADN ou tecnologia de edição de genes não é algo assim tão difícil nos dias de hoje.

"Tudo isto está amplamente disponível, pelo que é inapropriado este foco excessivo na IA".

O segundo argumento para estar do lado prende-se com o facto de se desconhecer a origem, ou seja, de onde vêm os "criativos", pelo que escapam à possibilidade de serem prejudicados. E dá o exemplo da pandemia, em concreto de Kati Kariko, pioneira das vacinas MRNA contra o coronavírus (tecnologia de RNA mensageiro), entretanto laureada com o Nobel. "Devemos estar-lhe gratos por ela ter avançado na sua investigação", o que foi possível por não ter havido possibilidade de regular a montante, o que permitiu, por exemplo, encurtar o tempo normal, de cinco a dez anos, necessário para colocar uma vacina no mercado.

No fundo, sintetizou, ambos os lados "concordam" que "a parada é alta", ou seja, que estão valores importantes em jogo, mas "discordam no caminho a seguir".

Diana do Mar

14.11.2023

CEO da Web Summit não deixou elefantes na sala

No arranque da Web Summit, esta segunda-feira, a CEO Katherine Maher não evitou o tema da saída de Paddy Cosgrave no discurso de abertura da conferência, ao afirmar que "o que fazemos e o que dizemos importa", mas que "toda a gente tem o direito a dar a sua opinião".

Pode ler aqui

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