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Visto para nómadas digitais são também para “trazer portugueses de volta”, diz Rita Marques

No futuro, o visto de nómadas digitais pode vir a beneficiar quem for para regiões mais interiores ou não tão centrais do país, admitiu a governande.

A secretária de Estado do Turismo diz que as empresas têm hoje tesourarias “mais fortalecidas”, mas ainda passam por um “período muito difícil”.
Bruno Colaço
04 de Novembro de 2022 às 11:12
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A Secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Rita Marques, acredita que 2023 vai ser um ano muito positivo em termos de captação de nómadas digitais mas destaca: a atração que se deseja é para trazer pessoas de todo o mundo a viver e trabalhar em Portugal, mas também para trazer portugueses, ainda que empregados lá fora, de volta.

Rita Marques participou há instantes num painel na Web Summit sobre os nómadas digitais, onde o tema central foi, claro, a recorrente eleição do nosso país como um dos melhores, ou o melhor consoante a fonte, local para nómadas digitais do mundo.

Falando num esforço de "políticas publicas que tentam passar uma mensagem de forma muito transparente, que tem tido resultados impressionantes", a secretária de Estado não quis deixar de explicar também o fenómeno com a atratibilidade natural de Portugal e com diversas iniciativas de privados.

Da parte governamental, o destaque foi para o Visa D7: "temos um visa D7 válido para expatriados, reformados e nómadas digitais há algum tempo, mas queríamos fazer mais e criamos o visto de nómadas digitais que entrou em vigor há dias", frisou, explicando ser válido para qualquer pessoa que se queira aplicar, desde que tenha o rendimento mínimo de 2800 euros por mês.

Sobre os objetivos desta e outras políticas, Rita Marques reiterou: atrair pessoas de todo o mundo, trazendo renovação e dinâmica económica e também demográfica; e atrair portugueses que saíram há uns anos, "portugueses que trabalham em companhias americanas, canadianas e podem regressar a Portugal e trabalhar a partir de cá" para as suas empresas, frisou.

Sobre as polémicas levantadas por estes programas em cidades, como várias portuguesas, onde o custo de habitação já está a níveis praticamente incomportáveis, a secretária admitiu: os custos das casas estão a crescer e o Governo tem de estar atento, criando de forma rápida "políticas publicas que façam sentido". E deu um exemplo: o visto de nómadas digitais, no futuro, pode vir a beneficiar quem for para regiões mais interiores ou não tão centrais do País.

Marques anunciou ainda que, dentro do Programa Nómadas Digitais, o Governo quer criar nas escolas de hospitalidade um programa de nómadas digitais para os que querem vir para Portugal mas não têm a certeza de se é o sítio certo e serão guiados, algo a ser lançado em várias escolas. Segundo a governante, criadas as condições certas, o movimento dos nómadas digitais pode crescer, até porque, frisou, depois da pandemia "as nossas prioridades mudaram" e o trabalho remoto "veio para ficar".
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