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Turistas chineses gastaram 130 milhões de euros em Portugal em 2017

"É um número bastante apreciável e que contribui para a nossa balança de pagamentos de forma muito positiva", disse à agência Lusa Luís Filipe Silva, vogal do conselho directivo do Turismo de Portugal.

O turismo renova recordes, com o efeito da procura a começar a ter impacto no quotidiano dos locais, sobretudo em Lisboa. A pressão no imobiliário levou a um novo debate sobre limites ao alojamento local. As decisões judiciais (contrárias) têm-se sucedido, mas esperam-se ainda novas regras.
Negócios 18 de Maio de 2018 às 07:47
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Os turistas chineses gastaram 130 milhões de euros em Portugal, no ano passado, um crescimento homólogo de 40%, que está a despertar a atenção dos retalhistas portugueses, declarou fonte do Turismo de Portugal.

 

"É um número bastante apreciável e que contribui para a nossa balança de pagamentos de forma muito positiva", disse à agência Lusa Luís Filipe Silva, vogal do conselho directivo do Turismo de Portugal.

 

"O turista chinês, para além da cultura, património e gastronomia, valoriza bastante a experiência do 'shopping'", notou.

 

Filipe Silva falava à margem da feira de turismo ITB China, que terminou hoje em Xangai, a "capital" económica da China, e contou com quase 20 participantes de Portugal, incluindo do Freeport, cujos centros comerciais em Lisboa e Vila do Conde reúnem dezenas de marcas de luxo.

 

"É um mercado que estamos muito apostados em conquistar", afirmou José Igreja, responsável pela promoção externa de turismo para o Freeport. "Os chineses são dos turistas com mais apetências para compras", observou.

 

No caso do Freeport Lisboa Fashion Outlet, os chineses são já os terceiros maiores clientes, a seguir aos brasileiros e aos angolanos, levando a organização a adaptar-se para dar resposta.

 

"Temos actualmente funcionários que falam chinês e fomos os primeiros a disponibilizar pagamentos através do Unionpay [empresa chinesa líder em sistemas de pagamentos electrónicos]", explicou Igreja.

 

Em 2017, o número de chineses que visitaram Portugal cresceu 40,7%, para 256.735, segundo dados das autoridades portuguesas, que atribuem o aumento à abertura da ligação aérea direta entre a China e Portugal.

 

Nos primeiros seis meses desde a inauguração do voo, em 26 de julho passado, a taxa de ocupação foi superior a 80%, segundo fonte da companhia aérea chinesa Capital Airlines, responsável pela ligação aérea.

 

"É excepcional", comentou Filipe Silva. "O objectivo da companhia agora é aumentar a frequência do voo", disse.

 

O voo tem actualmente três frequências por semana, entre a cidade de Hangzhou, na costa leste da China, e Lisboa, com paragem em Pequim.

 

A China é já o maior emissor mundial de turistas e, segundo dados do Governo chinês, 129 milhões de chineses viajaram para o estrangeiro em 2017, mais 5,7% do que no ano anterior.

 

A China é o país mais populoso do mundo, com cerca de 1.400 milhões de habitantes.

  

A Capital Airlines é uma das subsidiárias do grupo chinês HNA, acionista indireto da TAP, através do consórcio Atlantic Gateway e da companhia brasileira Azul.

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