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"Temos cenários pesados para o setor do turismo", admite Governo

O ministro da Economia admite que os níveis de atividade turística poderão ser afetados até à segunda metade do próximo ano.

As linhas de crédito, que têm sido apresentadas pelo ministro da Economia, Pedro Siza Vieira, foram reforçadas.
Pedro Catarino
21 de Abril de 2020 às 11:35
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Durante um período que poderá chegar até aos dois anos, "os níveis de atividade turística vão estar muito abaixo" daqueles que têm sido verificados até agora. Nesse contexto, o Governo admite "cenários pesados para o setor do turismo", não só este ano, mas, possivelmente, também até à segunda metade de 2021. Quem o diz é Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, que está a ser ouvido, esta terça-feira, 21 de abril, na Assembleia da República.

"O setor do turismo vai ser muito afetado. Será aquele que terá a retoma mais lenta de todos os setores de atividade", o que é tanto mais grave tendo em conta que é um setor que "pesa muito no emprego", começou por dizer o ministro, em audição na Comissão de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação.

Mesmo assim, e apesar de reconhecer que o período de recuperação do setor será longo, Pedro Siza Vieira garante estar "convencido" de que "aquilo que fez o sucesso de Portugal como destino turístico nos últimos anos sairá reforçado neste horizonte". Esta é uma ideia que já tem sido defendida pelos vários operadores do turismo, que acreditam que a imagem de segurança de Portugal, bem com a resposta dada pelo país à pandemia do novo coronavírus, vão ajudar a atrair novos turistas.

"Mas não quero esconder nada", ressalvou o ministro. "Temos cenários pesados para o setor do turismo, este ano e, eventualmente, na segunda metade do próximo ano", afirmou.

Questionado ainda sobre uma "excessiva dependência" do turismo por parte da economia nacional, Pedro Siza Vieira rejeita essa ideia, salientando a "diversificação" que foi feita nas atividades económicas e nas exportações ao longo dos últimos anos.

"A nossa atividade turística é muito importante porque contribui para o equilíbrio da balança externa e cria emprego, mas a atividade económica está longe de se esgotar aí", apontou. No próximo ano, acrescenta, o turismo não vai dar um contributo tão grande para o emprego e para as exportações e terão de ser outros setores a aguentar a economia". Nessa altura, concluiu, "não vamos dizer que há turismo a mais, vamos é sentir falta da atividade turística".
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