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TAP sofre "quebras significativas" nas reservas e suspende investimentos "não críticos"

A companhia aérea cancelou cerca de mil voos que tinham pouca procura, devido ao surto de coronavírus. Vai suspender todos os investimentos "não críticos" e cortar despesas que não sejam essenciais.

05 de Março de 2020 às 15:31
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O volume de reservas da TAP para março e abril sofreu "quebras significativas" nas últimas semanas, em relação ao mesmo período do ano passado, anunciou a empresa, esta quinta-feira, 5 de março. A justificar este movimento está o impacto do novo coronavírus em todo o mundo, explica a companhia aérea nacional, que adianta ter decidido suspender todos os investimentos "não críticos" e cortar despesas.

"O volume de reservas para março e abril mostra, desde as últimas duas semanas, quebras significativas relativamente ao ano passado", começa por referir a TAP, em comunicado enviado às redações. "Este forte abrandamento da procura faz com a que a TAP tenha procedido ao cancelamento imediato de voos com menor procura, reduzindo a capacidade em 4% em março e em 6% em abril, o que representa um total de cerca de mil voos", acrescenta.

Em causa está, sobretudo, a operação nas regiões mais afetadas, como Itália. Mas também houve quebras da procura noutros mercados europeus, como Espanha ou França, e alguns mercados intercontinentais, que não são especificados.

Todos os passageiros afetados pelos cancelamentos vão ser contactados pela TAP, que se compromete a encontrar "as melhores opções e alternativas para a realização das suas viagens".

Para além dos cancelamentos dos voos, a companhia aérea vai avançar com medidas para mitigar os impactos na tesouraria, já que irá sofrer quebras de receita. "A quebra na procura implica, naturalmente, um decréscimo da receita, pelo que, para proteger a integridade da sua tesouraria, a TAP tomou já algumas decisões fundamentais, como a suspensão de todos os investimentos não críticos, a revisão e corte de despesas não essenciais para o negócio ou a suspensão de contratações e novas admissões, para além da adequação da oferta à procura", conclui o comunicado.

Questionada pelo Negócios sobre quais os investimentos e despesas não essenciais que serão suspensos ou cortados, bem como se a TAP antecipa cancelar mais voos nos próximos meses, fonte oficial da companhia aérea disse não acrescentar qualquer comentário à informação divulgada no comunicado.

Uma nota enviada pela TAP aos seus trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, dá ainda conta de outras três medidas que serão implementadas pela companhia aérea: a "implementação de programas de licenças sem vencimento temporárias", a "renegociação de contratos e prazos de pagamento" e a "antecipação de crédito junto de fornecedores".

Notícia atualizada pela última vez com mais informações às 15h47.
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